Aldeia na fronteira de Marvão vai receber novos povoadores

Depois de alguns atrasos por causa das eleições autárquicas, o projecto ganha nova dinâmica. Além de Évora, Marvão poderá ser segundo destino de algumas das 29 famílias já seleccionadas
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A aldeia do concelho de Marvão mais próxima da fronteira com Espanha deverá ser o próximo destino do projecto Novos Povoadores. A ideia é recuperar o velho casario e transformar o local numa aldeia empresarial, disse ao DN um dos três criadores do projecto, Frederico Lucas. "Algumas casas irão acolher empresas, de pequena dimensão mas com ambições globais, e as outras vão acolher as famílias empreendedoras", adiantou. O projecto terá também uma componente de turismo ligada à observação de aves, adiantou.

O projecto Novos Povoadores, que arrancou no início deste ano, com o objectivo de levar famílias das grandes cidades para o interior do País, já concluiu uma primeira fase de selecção de candidatos e apurou 29 famílias.

Neste momento conta com mais 316 inscritas para serem seleccionadas, referiu Frederico Lucas. Évora continua a ser a primeira cidade na calha para acolher alguns dos novos povoadores já seleccionados. O projecto para revitalização e repovoamento do centro histórico da cidade com a consultoria de Frederico Lucas, Alexandre Ferraz e Ana Linhares, já foi aprovado em Assembleia Municipal antes das eleições. Mas o contrato ainda não foi assinado, porque as autárquicas acabaram por originar alguns atrasos no seu andamento, explicou Frederico Lucas. Uma informação confirmada também pelo presidente da Câmara Municipal, reeleito nas últimas eleições, José Ernesto Oliveira. Quando assinar o contrato, a Câmara pagará uma tranche de 20 000 euros aos Novos Povoadores, que em contrapartida terão de conseguir instalara cinco famílias no centro histórico. Quando for atingido o objectivo global do contrato, que é levar 20 famílias para Évora, receberão um total de 75 000 euros. "É assim para qualquer município com quem viermos a trabalhar", afirmou um dos mentores do projecto.

Segundo José Ernesto Oliveira, que tomou posse no último sábado, neste momento a Câmara está a reorganizar-se e dentro de 15 dias deverá reunir-se novamente com os Novos Povoadores para acertarem as formas de concretização do repovoamento do centro histórico.

Segundo Frederico Lucas, o projecto de Marvão, bem como o de Idanha-a-Nova também sofreram atrasos por causa do acto eleitoral. Mas deverão ter novos desenvolvimentos em breve.

"O objectivo para a aldeia do concelho de Marvão é levar famílias de um nível etário mais elevado, consultores de empresas na reforma, com experiência para lançar os projectos empresariais." O DN tentou por diversas vezes contactar o presidente da câmara do município, mas até ao fecho da edição não foi possível obter qualquer declaração deste.

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