AICEP quer outra fábrica na Leoni

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) apresentou à multinacional Leoni, que deverá encerrar totalmente a actividade de cablagem em Viana do Castelo ainda durante este ano, uma proposta para a instalação, naquela unidade, de outra fábrica do grupo.
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A proposta, que poderia envolver alguma comparticipação estatal, foi apresentada directamente ao vice-presidente da multinacional alemã, que ainda não deu uma resposta, apurou o DN.

No final deste mês, começam a sair os primeiros 220 trabalhadores da fábrica instalada na Zona Industrial de Neiva. Em Julho cessam funções 333 trabalhados e em Outubro mais 45 operários ficam sem trabalho. O encerramento total está previsto para o final deste ano. Recorde-se que a Leoni abriu a fábrica de Viana do Castelo em 1991, com a criação da Cablinal Portuguesa. Nessa altura, a empresa empregava 2600 trabalhadores. De uma facturação anual, em 2003, de 57 milhões de euros, a Leoni de Viana fechou as contas de 2009 com pouco mais de 21 milhões. Face a estes indicadores e tendo em conta a ausência de novas encomendas do grupo Peugeot-Citroen (PSA), o seu principal cliente, a administração decidiu-se pelo encerramento da fábrica de Viana do Castelo.

"A crise internacional e a diminuição de encomendas devido á recessão da indústria automóvel tornaram esta fábrica completamente inviável. Foram feitas muitas tentativas para trazer produção para Portugal, mas o mercado já está servido por outros países que oferecem mão-de-obra mais competitiva", explicou, no ano passado, o porta-voz da Leoni, Pedro Castro.

O grupo alemão detém ainda uma outra unidade fabril em Guimarães, que se dedica a outro ramo de actividade. A empresa vimaranense emprega mais de 200 trabalhadores e não está em risco de fechar.

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