Águias voam na Champions e estão com um pé nos quartos e nos milhões

Triunfo na Bélgica deixa águias folgadas para o jogo da segunda-mão e com a mão em mais 10,6 milhões. Foi o 12.º jogo consecutivo do Benfica sem perder na prova.
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O Benfica venceu esta quarta-feira o Club Brugge, na Bélgica, por 2-0, e deu um passo de gigante rumo aos quartos de final da Champions. Com uma exibição segura, a equipa de Roger Schmidt chegou aos 12 jogos consecutivos sem perder na Liga dos Campeões (play-off incluído), igualando assim a marca do FC Porto, que esteve o mesmo número de partidas sem derrotas na época dourada de 2003/04.

O clube da Luz tem assim a eliminatória bem encaminhada, mas terá de carimbar a passagem aos "quartos" a 7 de março, em Lisboa. Caso siga em frente, além do prestígio desportivo, encaixa um prémio de 10,6 milhões de euros e alcança a maior receita de sempre da história do clube na Champions - 71,6 milhões de euros -, superando os 64,903 milhões da época passada, quando também atingiu os quartos de final.

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Roger Schmidt regressou à fórmula original, lançando no onze Rafa e Gonçalo Ramos, nos lugares de David Neres e Gonçalo Guedes, titulares nos últimos três jogos devido aos problemas físicos dos dois internacionais portugueses. No Club Brugge, o avançado ucraniano Yaremchuk, que representou o Benfica na época passada, começou no banco.

O adversário era uma incógnita. Depois de uma grande fase de grupos, onde goleou o FC Porto no Dragão por 4-0 (perdeu depois por idêntico resultado na Bélgica) e venceu o B. Leverkusen e o At. Madrid, estava há 10 jogos consecutivos sem vencer. Algo que Schmidt desvalorizou no lançamento do jogo, por considerar que a Champions é uma competição à parte.

Um cabeceamento perigoso de Gonçalo Ramos aos 3" parecia dar o mote para um domínio do Benfica. Mas até aos 20", as águias foram demasiadas permissivas. Atuando com linhas subidas, e com claro domínio no meio-campo, os belgas dificultavam a construção do Benfica e arrancavam bons lances no ataque. Aos 5" Vlachodimos teve que se impor perante Buchanan e aos 11" um remate de Noah passou por cima.

O meio-campo do Benfica acertou finalmente as marcações, a equipa subiu as linhas, e começaram as oportunidades falhadas. Aursnes rematou ao lado (25"), logo a seguir no mesmo minuto um grande lance de Grimaldo quase resultou num autogolo e António Silva cabeceou com muito perigo por cima. Aos 30", foi a vez de Rafa lançar o pânico na área belga com um remate ao poste e logo a seguir Ramos cabeceou por cima. No último lance antes do intervalo, o Brugge marcou, mas o golo foi anulado por fora de jogo de Odoi. O primeiro tempo terminou com o Benfica com mais posse de bola (56%/44%) e mais remates à baliza (8/2).

A segunda parte começou com uma grande oportunidade para o Benfica, mas Ramos falhou de forma incrível após cruzamento de Grimaldo. Aos 51", as águias colocaram-se em vantagem com um penálti de João Mário, a castigar uma falta de Hendry sobre Gonçalo Ramos. Foi o quinto golo do médio benfiquista nesta edição da Champions e o 17.ª nesta temporada.

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Schmidt mexeu na equipa aos 65 minutos, voltando à fórmula dos últimos três jogos, com as entradas de Gonçalo Guedes e David Neres para os lugares de Ramos e Rafa, numa tentativa de dar mais frescura à equipa, numa altura em que o Brugge era obrigado a conceder espaços e o Benfica podia aproveitar para rápidos contra-ataques dos dois jogadores que tinham entrado.

O Benfica jogou pelo seguro, sem correr grandes riscos, diante de um adversário que também fez pouco pela vida, já que Vlachodimos foi quase um mero espectador na segunda metade. E aos 86", João Mário quase bisou, mas atirou ao lado após um bom lance de Neres.

O brasileiro acabaria por marcar o segundo do Benfica (e viu um terceiro anulado), aos 88", aproveitando um enorme erro da defesa belga. Um golo que deixa as águias com um pé nos quartos e à beira de um encaixe histórico.

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