Águia numa semana cheia de sorte e voltou a ter Mitroglou

Sp. Braga teve uma bola no poste, foi mais forte em muitos momentos, mas sucumbiu a um golo do grego. Benfica volta a ser líder
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O Benfica ganhou em Braga por 1-0 e voltou a ter muita sorte, tal como aconteceu a meio da semana frente ao Dortmund na Champions. Mitroglou marcou pelo quarto jogo consecutivo e foi ele outra vez a conseguir um golo a dez minutos do fim, num jogo em que o Sp. Braga teve mais remates e melhores oportunidades. Mas a verdade é que os minhotos não ganham há cinco jogos e estão a seis pontos do Sporting.

Já na época passada a equipa de Rui Vitória foi muito feliz em Braga e arrancou ali para o título. Nesta semana, e depois daquela vitória na Champions, o Benfica voltou a ser uma equipa que pode agradecer aos deuses os três pontos, que podem ser fundamentais nas contas do campeonato.

O golo que decidiu um jogo muito igualado começou com Pizzi a roubar a bola a Assis (aconteceu muitas vezes o contrário) e o contra-ataque foi ter a Mitroglou, que no meio de três ou quatro adversários lá se virou para um lado e para o outro e conseguiu muito perto da baliza meter a bola pelo buraco da agulha. O Sp. Braga rematou mais do dobro do Benfica (13-6), fez muito menos faltas (15-22) e teve mais cantos (7-3). Mas não chegou.

Rui Vitória trocou de guarda-redes, por castigo de Ederson jogou Júlio César, e apostou em Zivkovic - que estava castigado na Champions - no lugar de Carrillo, no resto foi a mesma equipa que derrotou o Dortmund. Já Jorge Simão também tem tido lesoões e outros problemas e apresentou um 4-4-2 clássico, como o adversário, com Assis muito diligente a ter de se preocupar com Rafa (mais móvel do que Mitroglou, como é evidente) e com Pizzi, que voltou a ter dificuldade para pautar o jogo a meio-campo. Mas Assis fixou-se mesmo na marcação a Pizzi, ele que é um jogador baixinho mas resistente, nem sempre rápido mas sempre muito agressivo, com alguma visão e capacidade para ganhar aquelas faltas que às vezes são importantes na zona do meio-campo até para parar o jogo para respirar.

Foi um jogo em que o Benfica começou com as suas linhas mais adiantadas, mas o segundo quarto de hora já foi do Braga, que a certa altura já fazia pressão alta e obrigava os defesas dos campeoões a cometer erros que não costumam.

A equipa minhota procurou - e muitas vezes conseguiu - colocar o Benfica naquilo que não gosta, que é ter de defender, não ter muito a bola, como mostraram o FC Porto e o Dortmund. Conseguiu ter a primeira oportunidade e também aquela que esteve mais perto do golo (Battaglia de cabeça ao poste num canto da direita de Pedro Santos aos 37"). O Benfica também teve as suas, por Mitroglou ou pelas arrancadas de Rafa, que muitas vezes não acabaram porque havia um corte em última instância. O Braga, nesses aspeto, teve várias jogadas em que se a bola passava era o cabo dos trabalhos, mas em que os seus defesas iam conseguindo esses cortes. Um Braga corajoso, a correr riscos, a ir para a frente, a mostrar--se boa equipa, a não merecer perder o jogo. O Benfica não conseguiu dominar, nunca conseguiu sequer controlar o jogo, embora estando sempre dentro dele.

A segunda parte foi menos emocionante, com menos oportunidades, mais jogo a meio-campo, e acabou por marcar o Benfica logo a seguir a Rodrigo Pinho ter estado perto do golo num contra-ataque conduzido por Battaglia. O Braga tinha tido o azar de ficar sem Ricardo Ferreira (lesionou-se e saiu ao intervalo, entrando Artur Jorge) e teve Rui Fonte em noite menos boa, como Stojilikovic, que acabou por ceder o lugar a Rodrigo Pinho. Fede Cartabia também não trouxe ao jogo nada de novo, enquanto no Benfica as substituições foram mais para gerir o esforço e para dar mais força ao ataque com Jiménez.

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