A nossa Xerazade

É a protagonista de As Mil e uma Noites de Miguel Gomes, aclamado pela crítica internacional depois da exibição da primeira parte no sábado. Crista Alfaiate falou ao DN em Cannes
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É sempre complicado imaginar porque razão nos escolhem, mas terá alguma pista para perceber o que se passou na cabeça de Miguel Gomes para a ter escolhido para ser esta princesa das Arábias?

É muito, muito complicado perceber isso. Acho é que ele quis alguém mais terreno, mais presente e que não fosse tão fábula. Queria uma pessoa mais concreta, sem construção.

Talvez tenha querido uma imagem mais portuguesa...

Sim, talvez...Imagino que ele tenha querido uma Princesa Xerazade mais portuguesa e que tenha tido vontade de filmar comigo. Três anos antes do filme começar a ser rodado, ele já tinha a ideia na cabeça e chegou ao pé de mim com esse desejo. Na altura, disse que tinha ainda de procurar o financiamento mas que queria eu fosse a sua princesa. Lembro-me de rir e pensar que era apenas aquele "flirt" de cineasta...O tempo foi passando e quando me via dizia sempre: "estamos a tentar". E eu sempre a julgar que era uma piada. Mesmo assim, disse que sim, que ia com ele até todo o lado com esse épico.

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