A história verídica do explorador britânico Percy Fawcett (1867-1925), que dedicou boa parte da vida à demanda por uma cidade perdida na floresta amazónica, a que chamou "Z", parece lançar o mote da aventura.
Mas James Gray, na sua feliz imprevisibilidade, não segue por aí. Acompanhando o crescimento de uma obsessão - que em todo o caso se traduz melhor por uma febre romântica - o filme ganha o perfil da expedição íntima do seu protagonista.
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Plano a plano, é trabalhada uma coerência visual (com a preciosa ajuda do diretor de fotografia, Darius Khondji), que suaviza as transições entre a paisagem da Amazónia e a civilização europeia. É como se um véu onírico unisse a realidade e a fantasia deste homem, as atribulações (sobretudo) familiares e o acalentado mistério. Gray faz-nos permanecer no último, porque essa é a virtude dos românticos.
Classificação: ***** (Muito bom)