Banca tem de fazer "esforçozinho" para atrair os portugueses
Marcelo Rebelo de Sousa comentou, este sábado, à saída da Feira da Agricultura em Santarém, a suspensão da subscrição dos certificados de aforro. O presidente fez um apelo à banca para "fazer um esforçozinho para tornar mais atraente a situação para os depositantes portugueses".
Esta sexta-feira era possível ler no site oficial do IGCP que a "a subscrição de Certificados de Aforro da série E foi suspensa". Entretanto, e através de um comunicado enviado às redações, o Ministério das Finanças anunciou que o Governo aprovou esta sexta-feira a criação da série F, que vai substituir a série E. A nova série estará disponível na segunda-feira.
"O Governo, isto é, as autoridades públicas, tomaram a decisão de suspender a emissão de certificados de aforro para emitir novos. Aqui aproveitava para voltar a apelar à Banca. No fundo, muito daquilo que é a procura de certificados de aforro é porque os portugueses acham que a Banca está a pagar pouco. Deve fazer um esforçozinho para tornar mais atraente a situação para os depositantes portugueses", disse Marcelo Rebelo de Sousa.
O presidente realçou ainda que não se pode deixar indefinidamente, suspender, adiar ou deixar de recorrer a meios alternativos como os certificados de aforro "só porque a Banca entende que deve recuperar o passado e precaver-se para o futuro".
Quando questionado sobre o caso Tutti-Frutti, Marcelo Rebelo de Sousa disse que não gostaria de comentar um caso em específico. "Gostaria de dizer que houve casos em que se avançou na justiça. Depois há outros que ficam mais para trás e em geral é importante que os portugueses vejam a justiça a funcionar".
Questionado sobre o apelo do líder do PSD, Luís Montenegro, a uma descida dos impostos, Marcelo Rebelo de Sousa, que hoje visita a Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, afirmou que o Conselho de Estado, em julho, será um "momento importante" para "um balanço da situação", seguindo-se, a partir de setembro, o Orçamento do Estado para 2024.
Afirmando esperar que a evolução da inflação e do crescimento, internacional e no país, "continue a melhorar", deixando "perspetivas positivas para os próximos anos", Marcelo reafirmou que as pessoas esperam muito que "os grandes números da economia cheguem aos seus bolsos e isso significa uma maior esperança para o futuro".
"Vamos ver, em função da evolução da economia nestes meses, vamos ver como é que corre o crescimento, como é que corre a inflação, como é que corre a gestão das finanças, como é que corre a situação internacional, como é que decorre a posição do BCE sobre a subida dos juros", declarou.
Perguntado sobre uma remodelação do Governo, o Presidente salientou que "já disse o que tinha a dizer" sobre a matéria e que acompanha "atentamente, vigilantemente, aquilo que se passa".