635 das 687 facturas não estavam contabilizadas
Na audição na Comissão de Educação, Ciência e Cultura, o governante explicou que a auditoria foi concluída "num espaço de um mês" e que 635 facturas, no valor global de 6,061 milhões de euros (ME), "encontravam-se por processar a 9 de Agosto" último.
Deste conjunto de facturas, cuja existência foi denunciada pelo ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, a 23 de Agosto, na Assembleia da República, foram consideradas indevidas cinco, a que se referiam 27.673,84 euros.
Em resposta a Laurentino Dias, deputado socialista e antigo secretário de Estado da Juventude e do Desporto nos dois governos de José Sócrates, Alexandre Mestre referiu que 100 das 635 facturas foram processadas em Agosto e Setembro.
O governante assegurou perante os deputados da comissão parlamentar presidida por Ribeiro e Castro (CDS/PP) que, das 100 facturas, no montante de 188.990,34 euros, 27 já foram liquidadas desde Agosto.
Alexandre Mestre notou que o Estado despendeu 102.318,23 euros no pagamento das 27 facturas, faltando regularizar 73, um remanescente de cerca de 86.000 euros.
O secretário de Estado do Desporto e da Juventude acrescentou que "foram anuladas oito" das 687 facturas encontradas numa sala do IDP.
As facturas anuladas atingiam o montante de 1,496 ME, pelo que o membro do governo fixou que a dívida total do IDP a 9 de Agosto era de 6,061 ME.
Desta verba, Alexandre Mestre observou que a Direcção Geral do Orçamento "desconhece 5,286 ME", ou seja, verbas que não foram inscritas no Orçamento do Estado.