26. Praia da Arrifana

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Pode-se partir em busca da Arrifana seguindo as pistas de uma adivinha escrita num papel rasgado: uma baía em forma de concha que deixou um mouro a escrever versos, ali onde o Alentejo acaba e o Algarve começa.

Já lá vai o tempo em que aquela praia a cinco minutos de Aljezur merecia o estatuto de pequeno segredo. Mas quem chega ao cimo da encosta escarpada de pedras negras continua a perder o fôlego com a praia estreita e selvagem, no fundo do precipício que se desce por uma estrada de curvas empedradas.

Talvez melhor vista que essa, tem-se das ruínas da fortaleza onde um príncipe muçulmano, vindo de Silves, encontrou refúgio para se dedicar à escrita no século XII. No Inverno, a Arrifana mantém aquela magia sossegada dos lugares de contemplação. No Verão, mesmo que longe do reboliço algarvio, é ponto de encontro de jovens e estrangeiros que vêm atrás das ondas que rasgam o azul da enseada. Diz-se que o príncipe Harry de Inglaterra veio para ali aprender a surfar. Se é mentira, pouco interessa. O mito ficou.

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