'Ocupas' da Rua de São Lázaro decidem não ter reunião com vereadora

Os 'ocupas' da Rua de São Lázaro decidiram que não vão reunir-se com a vereadora da Habitação da Câmara de Lisboa, depois da identificação e detenção de manifestantes contra a desocupação, pela Polícia Municipal, do prédio que ocupavam.
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A vereadora da Habitação, Helena Roseta, mostrou-se hoje disponível para receber, às 14:00, representantes do grupo de pessoas despejadas do primeiro andar de um edifício camarário da Rua de São Lázaro.

No entanto, os manifestantes que se concentraram no local após a retirada dos dois 'ocupas' que estavam hoje de manhã no andar, reuniram-se em assembleia na Rua Augusta e decidiram que não vão encontrar-se com a vereadora.

"Enquanto houver pessoas detidas e não devolverem as coisas que estavam lá dentro, não vamos reunir", disse à Lusa João Silva, um dos 'ocupas'. Segundo o grupo, três pessoas foram detidas.

A Polícia Municipal disse à Lusa que deteve uma pessoa na primeira concentração dos 'ocupas' na Rua de São Lázaro, logo após, enquanto a PSP deu conta de ter identificado dois participantes no mesmo momento.

Os 'ocupas' decidiram também fazer uma manifestação hoje às 19:00, entre o Martim Moniz e a Rua da Palma.

Em solidariedade com os manifestantes da Rua de São Lázaro, os 'ocupas' do Porto (despejados em abril de uma escola desativada) vão fazer também uma manifestação às 18:00 no largo da Fontinha, perto da escola.

Em Lisboa, após a retirada dos 'ocupas', cerca de 40 manifestantes juntaram-se na Rua do Ouro para protestar contra a desocupação do prédio pela Polícia Municipal de Lisboa.

Aproximadamente 15 manifestantes chegaram a invadir um edifício camarário para um contacto com Helena Roseta. Dez minutos depois, os manifestantes foram retirados pela Polícia Municipal.

Após a retirada das duas pessoas do primeiro andar do prédio da Rua de São Lázaro -- que, de acordo com a Polícia Municipal, decorreu "sem qualquer problema" -, e com a concentração do grupo, os ânimos exaltaram-se e a polícia acabou por intervir para afastar as manifestantes, como verificou a Lusa no local.

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