Coincidindo com a visita a Lisboa do primeiro-ministro chinês, simpatizantes da prática Falun Dafa, também conhecida, sobretudo no Ocidente, como Falun Gong, promoveram ontem, no Rossio, uma acção recolha de assinaturas . O objectivo era alertar para a "perseguição e repressão" de que os seus seguidores são alvo na China desde finais dos anos 90, momento a partir do qual esta prática milenar de "aperfeiçoamento da mente, do corpo e do espírito" assume a sua oposição ao regime, com um historial de protestos de larga escala no exterior, nomeadamente nos EUA. Seguindo os passos de Wen Jiabao nesta sua visita a Portugal, um grupo de simpatizantes do movimento preparou ainda demonstrações pacíficas junto ao Palácio de Queluz e ao Hotel Ritz. Há três anos, disse ao DN fonte do movimento, decorrera em Lisboa uma acção de sensibilização para a questão dos direitos humanos na China. Contestando um eventual levantamento do embargo à venda de armas imposto pela UE à China, também o Grupo de Acção e Intervenção Ambiental apelou à "defesa dos valores da democracia", os quais, refere, "não se coadunam com a produção e comercialização de material bélico, sendo de particular gravidade o seu acesso por parte de governos ditatoriais." M. J. P.