'Fala-me de Amor' é o trunfo da TVI para a grelha de Março

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Quatro mulheres, amigas de infância e confidentes, presas a um segredo trágico do passado que transportam consigo. "Uma história de mulheres que os homens também vão querer ver, quanto mais não seja para tentar percebê-las melhor", resumiu ontem o director da TVI, José Eduardo Moniz, apresentando assim a novela Fala-me de Amor. O novo trunfo que a estação de Queluz tem na manga para o prime-time, já a partir do próximo dia 6 de Março, em substituição de Mundo Meu.

A partir daí, qualquer comparação com o enredo de O Sexo e a Cidade é pura coincidência, sublinha a autora, Maria João Mira, recusando quaisquer tentativas de colagem à série norte-americana. Sim, é verdade que são quatro as protagonistas: Sofia Alves, Sílvia Rizzo, Sandra Faleiro e São José Correia, que vestem respectivamente a pele de Sara Varela, Joana Vilar, Leonor Moreira e Margarida Simões. E sim, esta é uma novela de mulheres, que fala delas, para elas.

"Mas ainda assim não há comparação possível", reitera a responsável, que desde o início se preocupou em criar personagens intensas, "fortes e frágeis ao mesmo tempo", mas acima de tudo humanas. "Fala-me de Amor é tudo menos light. Pelo contrário", sublinha Maria João Mira. "A Joana perdeu o filho de três anos e refugiou-se no álcool. A Sara foi vítima de uma violação brutal."

Há histórias que se abrem e outras que se fecham, a dinâmica da novela cresce a partir daí. "Mas é da intimidade feminina que se fala", sustenta a autora. De mulheres diferentes que se tornam iguais nos sonhos. "E que os homens também vão querer ver", acredita José Eduardo Moniz. "Pelo fascínio do enredo. Pelo peso da modernidade que vai deixar toda a gente a pensar lá em casa. Pelas características únicas que fazem o produto aproximar-se da generalidade dos públicos."

Assente na música dos Santos & Pecadores e num guião absorvente que já mudou radicalmente alguns visuais, Fala-me de Amor marcou, sobretudo, Sinde Filipe. "Carlos Almada é o homem mais violento de toda a novela, passada e futura", desabafa o actor, dizendo estar a viver uma experiência traumatizante. "Como cidadão acho muito difícil viver o papel. Não me dá prazer."

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