Homens com máquinas fotográficas, raparigas a fazer striptease, inscrições para castings de filmes porno ou para aulas de dança do varão, lingerie, sapatos, acessórios e cremes, DVD, sessões no Club Bizarre, expositores a dar os últimos toques nos stand. São calmas as primeiras horas do III Salão Internacional Erótico de Lisboa (SIEL), que ontem abriu as portas na FIL. A organização promete maior agitação para a noite e fim- -de-semana, já que certame encerra no domingo..Inácia, de 56, e Manuel Oliveira, 62, vivem em Loulé e foram dos primeiros casais a visitar o SIEL. Há uma sex-shop junto à sua casa e dizem já ter visto os artigos expostos há 40 anos em França e, mais tarde, na Austrália, onde foram emigrantes. Não ficaram muito convencidos com a sessão sadomasoquista: "Não, não tem lógica", justifica a Inácia. E o marido acrescenta: "Estão a sacrificar um homem sem necessidade.".Junto ao Club Bizarre está a Casa d'Eros, cuja dona, Maria da Luz, se propõe alargar o conceito de venda da tupperware aos artigos sexuais, um conceito introduzido nos EUA há 40 anos por Anna Summbers. Os consultores de tuppersex têm de comprar a Mala d'Éros, cujos produtos- -base custam 300 euros. .Estão marcadas quatro reuniões diárias de tuppersex a partir das 18.30 na Área de Mulheres, espaço reservado ao público feminino. É aqui que o Círculo de Dança de Lisboa vai dar aulas de dança do varão: as interessadas têm de inscrever-se uma hora antes de cada sessão: às 20.00 e 23.00; ao domingo, às 16.00 e 19.00..Os homens não podem dançar no varão? "Podem, mas fica horrível. As mulheres gostam que olhem para elas e não de olhar para os homens. Elas gostam que eles dancem com elas. Eles devem aprender a dançar em pares, mas andam distraídos", explica Teresa Mendes, a proprietária da escola criada há dois anos. Garante que já ensinou 300 alunas.|