Qual é a missão da Federação de Jogos Tradicionais?.A Federação foi criada recentemente e está integrada na Confederação Portuguesa de Colectividades, que, nos últimos dez anos, tem feito a recolha e relançamento dos jogos. Fazemos parte da Associação Mundial do Desporto para Todos, onde temos um programa com mais doze países para o relançamento dos jogos tradicionais na Europa..Como é feita essa promoção dos jogos tradicionais numa era em concorrem com modalidades profissionais ou jogos virtuais?.Apesar de hoje existirem menos praticantes, devido à concorrência, Portugal valoriza a sua história e é um dos países mais ricos em estudos e teses de doutoramento sobre jogos tradicionais e matéria de estudo na Universidade de Coimbra e na Escola Superior de Desporto, em Rio Maior. Além disso, neste momento está patente no Museu Nacional de Desporto uma exposição sobre jogos tradicionais, onde divulgamos mais de cem jogos de Norte a Sul do País. Desde o mais antigo que há registo em Portugal, que é o jogo da pedra, muito parecido com dominó. É originário do Algarve, na zona de Aljezur, e já se praticava há 3.400 anos. Mas em Portugal temos jogos com origens árabes, celtas, romanas....Há algum desporto mais popular?.Além da sueca, cujos praticantes não estão registados, a malha e o chinquilho são o jogo com maior expressão. É uma modalidade que existe de norte a sul do País, mas praticada de diversas maneiras e também por isso não há um quadro competitivo a nível nacional. O que existe são torneios e encontros de âmbito regional e uma vez por ano fazemos uma convenção dos jogos tradicionais. Temos registados mais de 100 jogos tradicionais, desde os que se praticam ainda hoje aos que estão em vias de extinção ou extintos. Não é tarefa fácil acompanhar esta realidade já que há mais de 30 mil clubes e associações em Portugal.