Padre ligado à gestão da Casa do Gaiato tinha vida de luxo
Inspetores da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da Polícia Judiciária foram esta manhã à casa paroquial de um padre que foi constituído arguido por peculato (desvio de dinheiro público por funcionário) e que participou na gestão de cinco Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) do Patriarcado de Lisboa, entre elas a Casa do Gaiato. Segundo apurou o DN com fonte policial, o sacerdote ostentava sinais de riqueza que terá sido adquirida com milhares de euros desviados: terá comprado casas e carros de luxo. Terá participado na gestão e chegou a ser presidente de algumas IPSS.
O padre não virá a ser detido, apenas identificado e constituído arguido. O segundo arguido pelo crime de peculato nesta operação é um dirigente de uma das cinco IPSS visadas.
A UNCC está a realizar dez buscas em instalações religiosas em Loures e outros locais da zona Oeste de Lisboa.
A operação "Veritas", iniciada em meados de 2014, "tem por objeto a presumível atos de gestão fraudulenta de entidades privadas com utilidade pública consubstanciadas em apropriações indevidas para aquisição de bens de luxo", comunicou a Polícia Judiciária.