Corpos das vítimas mortais estão em camião de transporte de alimentos

Viatura da Autoridade Nacional de Proteção Civil, destinado a cenários de catástrofe com muitas vítimas mortais, terá sofrido uma avaria no sistema de refrigeração.
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Alguns dos 64 cadáveres das vítimas do incêndio de Pedrógão Grande continuam no interior de um camião-frigorífico, daqueles que habitualmente serve para transportar e conservar bens alimentícios.

Segundo o Jornal de Notícias, o veículo está estacionado, desde segunda-feira, em frente ao Instituto Nacional de Medicina Legal (INML) no Largo da Sé Nova, em Coimbra, já que no interior do edifício não há câmaras frigoríficas para tantos corpos.

Uma situação que se deve a uma avaria da viatura da Autoridade Nacional de Proteção Civil, destinada a cenários de catástrofe com muitas vítimas mortais, que terá sofrido uma avaria no sistema de refrigeração.

Ontem, o presidente do Instituto Nacional de Medicina Legal (INML), Francisco Corte Real, prometeu que vai "procurar uma solução digna, com refrigeração", dado que alguns dos corpos poderão não ser entregues às famílias tão cedo. Até agora foram identificados 32 corpos, nos restantes 32 terão que ser realizados exames de ADN para identificação. Citado pelo JN, Francisco Corte Real sugeriu que a solução poderá passar pela distribuição por vários pontos do país: "O Instituto tem abrangência nacional, tem delegações e gabinetes médico-legais".

Já a ministra da justiça, Francisca Van Dunem, considerou que o camião que está a ser usado "tem as condições adequadas" - "Não será o camião da Proteção Civil, mas permitiu que os corpos estivessem acomodados com condições de dignidade e que as autópsias tivessem sido feitas com o rigor e as condições exigidas".

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