Agrediram GNR a murro e com pé de cabra. MP quer condenação
O procurador do Ministério Público pediu, esta segunda-feira, a condenação dos quatro jovens acusados de desobediência e agressões a militares da GNR, em março de 2015, após uma festa não autorizada, em Alcabideche, Cascais, noticia o Jornal de Notícias.
Os factos ocorreram na madrugada de 22 de março de 2015, quando a GNR se deslocou ao Bairro da Cruz Vermelha, em Cascais, para por fim a uma festa, após denúncias de barulho.
Segundo o despacho de acusação do MP, dois dos sete militares da Guarda que se deslocaram ao local foram agredidos com murros e atingidos com um pé de cabra, na cabeça e noutras partes do corpo, por dois dos jovens que estão agora a ser julgados.
Os arguidos, com idades entre os 20 e os 23 anos, estão acusados de desobediência a ordem ou dispersão de reunião pública, de injúria agravada, de resistência e coação, de dano e de ofensa à integridade física qualificada.
Dois dos arguidos, um dos quais está em prisão preventiva ao abrigo deste processo, respondem ainda por um crime de homicídio qualificado na forma tentada.
Segundo a mesma notícia , na audiência de julgamento para alegações finais, hoje realizada no Tribunal de Cascais, o procurador do Ministério Público (MP) afirmou que, "produzida que se encontra a prova, o Ministério Público considera que se deve dar como assente que os arguidos desobedeceram a ordem policial e sabiam que estavam a incorrer à prática de um crime".
Além disso, sobre o arguido que se encontra em prisão preventiva, considerou que "agiu com o propósito de atentar contra a vida do militar da GNR e causar a sua morte" e, por isso, deverá ser condenado por todos os crimes que lhe estão imputados.
Já ao outro arguido que responde também por homicídio qualificado na forma tentada, o procurador disse que deve ser condenado apenas por "resistência e coação", sendo absolvido dos demais crimes.
Os restantes dois arguidos, segundo o MP, devem ser condenados por desobediência a ordem ou dispersão de reunião pública e absolvidos dos outros crimes.