Morreu Margarida de Sousa Uva, mulher de Durão Barroso

Tinha 60 anos e morreu vítima de doença oncológica
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Margarida Sousa Uva, mulher do antigo presidente da Comissão Europeia José Manuel Durão Barroso, morreu hoje vítima de doença oncológica, disse à Lusa fonte próxima da família.

A fonte adiantou que Margarida Sousa Uva, de 60 anos, lutava contra um cancro do útero desde 2014 e morreu em casa.

Vice-presidente da Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas, Margarida Sousa Uva falou publicamente da luta contra a doença há pouco mais de um ano, quando surgiu no lançamento de um livro com o cabelo curto. "Ainda não está tudo ultrapassado, mas, se Deus quiser...", afirmou então, citada por várias revistas de sociedade. "Tenho esperança, mas acima de tudo, tenho uma enorme vontade de viver", disse, realçando o apoio da família durante os tratamentos.

"A Margarida, como todos lhe chamávamos será sempre lembrado pelo seu bom humor, coração, humildade e amor às crianças", escreve a Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas no Facebook.

José Manuel Durão Barroso e Margarida Sousa Uva casaram-se em 1980, na Sé de Lisboa, e tiveram três filhos. Avó de um rapaz com cinco anos, era tia dos jogadores de râguebi Gonçalo Uva (casado com a apresentadora de televisão carolina Patrocínio), Vasco Uva e João Uva.

No final da campanha legislativa de 2002, Sousa Uva participou numa iniciativa e subiu ao palco de um comício para "vender o seu peixe". "O Zé Manel, se fosse peixe, era um cherne", disse. E depois dedicou ao marido um excerto do poema "sigamos o cherne", de Alexandre O'Neill, que conta a história de um peixe que segue um sonho, O objetivo era realçar a capacidade de liderança do marido, mas o momento foi amplamente mediatizado e utilizado para fins humorísticos com a atribuição do apelido Cherne àquele que viria a ganhar as eleições e a tornar-se primeiro-ministro.

Um ano depois, Margarida Sousa Uva apresentou-se publicamente como doente de fibromialgia, que se caracteriza por dores musculares crónicas e fadiga. Durante a apresentação da associação representativa destes doentes, a mulher do então líder do governo explicou que a doença lhe havia sido diagnosticada nove anos antes e alertou para as dificuldades em diagnosticar a doença.

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