Marcelo à esquerda da direita? Marisa responde: "Só se for marxista grouchista"

Candidata apoiada pelo Bloco equipara adversário ao comediante norte-americano e diz que este "muda de opinião a cada dia da semana"
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Marisa Matias comparou esta segunda-feira Marcelo Rebelo de Sousa ao ator e comediante Groucho Marx, após o candidato apoiado por PSD e CDS ter afirmado que politicamente se situa "à esquerda da direita".

Em Vila Nova da Barquinha, a candidata à Presidência da República reagiu com humor às declarações do professor, recordando uma frase emblemática de Groucho Marx, que recentemente também o deputado do PSD Miguel Morgado utilizou para satirizar o ministro das Finanças, Mário Centeno. "Estes são os meus princípios. Se vocês não gostarem deles, bom, eu tenho outros", gracejou Marisa, ao mesmo tempo que imitava a gesticulação característica de Marcelo. "Não vejo outra razão [para dizer que está à esquerda da direita", reforçou a candidata.

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Para Marisa, o ex-presidente do PSD "diz o que for preciso para ganhar votos", algo que, sublinhou num jantar com cerca de 150 apoiantes, é contrário àquilo que defende ser necessário num Chefe do Estado. "Não precisamos de um Presidente que mude de opinião a cada dia da semana. Precisamos de um Presidente que assuma de forma clara e transparente os seus princípios. Isso é tudo aquilo que Marcelo não é", atirou.

Marisa insistiu que vai ser a inquilina do Palácio de Belém que defende a Constituição, tirando-a da gaveta e, por isso, voltou a notar que acredita numa segunda volta e que o sufrágio está longe de ser um passeio para Marcelo. Dito de outra forma, voltou a apontar a 14 de fevereiro, data de uma eventual segunda volta da corrida presidencial.

Falando no distrito de Santarém, a eurodeputada sublinhou a importância dos serviços - em particular de transportes - públicos de qualidade e apontou o dedo ao "desinvestimento na EMEF". Ainda na ressaca da visita ao Museu Nacional Ferroviário, não conteve nova metáfora: "Que seja o fim da linha de austeridade e de um ciclo político." E, acrescentou, "uma nova partida".

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