Dezenas de mortos e feridos em atentado no Mali
Um ataque terrorista em Gao, no Mali, provocou esta quarta-feira pelo menos 30 mortos e mais de meia centena de feridos, disse o ministro da Defesa português.
Não houve vítimas portuguesas no ataque, que inicialmente foi indicado ao DN como tendo ocorrido na República Centro Africana. "Tudo tranquilo" em relação aos destacamentos militares de Portugal, sublinhou fonte oficial.
A informação foi comunicada pelo governante aos deputados da Comissão de Defesa, à porta fechada, um dia após a partida do grosso da força militar portuguesa que vai estar um ano ao serviço da ONU num país vizinho, a República Centro Africana, soube o DN junto de fontes parlamentares.
Portugal tem militares em missão de treino da UE no Mali e ainda um destacamento da Força Aérea ao serviço da ONU.
"Um suicida atacou um campo" de agrupamento da Coordenação dos Movimentos de Azawad (CMA, ex-rebelião de dominância tuaregue) e da Plataforma (grupo pró-governamental) em Gao, "o balanço é de 37 mortos", afirmou fonte da Missão da ONU no Mali (MINUSMA), citada pela agência Lusa.
Fontes médicas contactadas pela agência EFE falam em pelo menos 67 mortos no mesmo atentado, alertando que o número poderá aumentar tendo em conta o grande número de feridos.
O ataque ocorreu às 08:40 (mesma hora em Lisboa), segundo a fonte da MINUSMA, que adiantou que a CMA e a Plataforma "devem começar em breve a realizar uma patrulha mista".
As patrulhas mistas estavam previstas no acordo de paz assinado em maio/junho de 2015 entre Bamako e diferentes grupos armados.
O norte do Mali foi ocupado em 2012 por grupos 'jihadistas', que foram em grande parte afastados depois de ter sido lançada em 2013 uma intervenção militar internacional, que prossegue.
Com Lusa