João Rodrigues: o português mais olímpico de sempre

Começou a velejar com 8 anos. Aos 9 já se equilibrava sozinho numa prancha de <em>windsurf</em>. Aos 20 chegou aos Jogos Olímpicos. Estreou-se em Barcelona, em 1992, e desde então não falhou nenhuma edição. João Rodrigues já competiu ao lado do então príncipe Felipe na capital da Catalunha, foi apanhado numa tempestade durante a preparação para Atlanta, enfrentou o azar em Sydney, viu escapar as medalhas em Atenas e espantou-se com a organização chinesa em Pequim. Em Londres tornou-se o atleta português com mais participações em Jogos Olímpicos. No Rio de Janeiro, aos 44 anos, o madeirense juntará esse título ao de porta-estandarte da comitiva nacional.
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A primeira vez que conseguiu controlar sozinho uma prancha de windsurf mudou-lhe a vida para sempre. Tinha 9 anos, uma vela na mão e a possibilidade de sair a deslizar mar fora empurrado pelo vento. Até então, costumava andar à boleia do irmão mais velho: quando iam à bolina (contra o vento), João deitava-se na prancha para não o atrapalhar; logo que o vento soprava a favor, passava por debaixo das pernas de Alberto e, com o apoio dele, agarrava-se à retranca para sentir a adrenalina. Um dia, o irmão largou as próprias mãos e deixou-o velejar sozinho. Nesse instante, João percebeu que queria ir mais longe, ser mais forte e andar muito mais rápido. O que ele não sabia é que esses eram os ideais dos Jogos Olímpicos e muito menos que um dia se tornaria o português que mais vezes integrou a comitiva portuguesa ao mais importante acontecimento desportivo do mundo.

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