Pontapear na cara mulher de calções curtos não é crime

Tribunal turco libertou hoje, por considerar que nenhum crime foi cometido, um homem que admitiu ter pontapeado na cara e agredido uma mulher por usar calções demasiado curtos
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De acordo com a agência privada de notícias Dogan, o tribunal considerou que, apesar da confissão da agressão do homem à mulher, no sábado, nenhum crime foi cometido, e por isso o segurança privado saiu em liberdade.

A polícia turca deteve no sábado um homem acusado de pontapear e agredir uma mulher por usar calções demasiado curtos num autocarro em Istambul, noticiaram hoje os meios de comunicação locais.

Os relatos dão conta da detenção do suspeito em Uskudar, um bairro na zona asiática da cidade, segundo a agência noticiosa Dogan.

Gritando "quem usa calções deve morrer", o suspeito atacou a mulher, que é enfermeira, pontapeando-a na cara, segundo as notícias que estão a ser difundidas, e dão conta de que o homem terá confessado que ficou perturbado pelas roupas usadas pela mulher.

"Os calções que ela estava a usar não são apropriados, foi por isso que fiquei zangado e agi assim", terá dito à polícia o atacante, segundo a agência Dogan.

O homem, que trabalha como segurança numa empresa, tinha sido diagnosticado com uma "depressão maníaca", acrescentou a mesma fonte.

Muitas ativistas dos direitos femininos têm expressado uma preocupação crescente com a extensão da violência contra as mulheres, com centenas a serem mortas todos os anos, frequentemente pelos maridos.

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