Óscar Pérez: o polícia que também é ator na Venezuela

Piloto do helicóptero usado em ataque contra edifícios governamentais protagonizou um filme baseado na história verídica do rapto e libertação de um empresário português
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"Investigador do CICPC [Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminais], piloto de aeronaves, operador tático, especialista, instrutor K9 [canino], fundação GV33 [Moral e Luzes, que se dedica ao apoio às crianças carenciadas]. Venezuela, a minha nação e a minha paixão." É desta forma que Óscar Pérez, identificado como o piloto do helicóptero envolvido no ataque ao Supremo Tribunal da Venezuela, se apresenta na sua conta de Instagram, onde divulgou os vídeos a reivindicar a ação.

Pérez omite deste perfil o facto de ter sido um dos protagonistas e produtor do filme venezuelano Morte Suspensa, que estreou em finais de 2015 e é inspirada no caso do sequestro de um empresário português em Caracas, libertado 11 meses depois pela CICPC. Na altura, disse numa entrevista que o filme tentava revelar "uma visão positiva e realista do difícil trabalho dos que estão nas forças de segurança, na hora de capturar ou apreender grupos criminosos".

[YouTube:mGjjLOoXDPw]

No Instagram tem fotos a saltar de paraquedas, a fazer mergulho ou com várias armas. Num dos vídeos de 2016, atinge a tiro um manequim que está nas suas costas, acertando-lhe apenas com o auxílio de um espelho de maquilhagem. "Sou o homem que sai para as ruas sem saber se regressa a casa", indicou noutra entrevista, em que dizia também ser "pai e companheiro". Pérez nasceu em Caracas há 36 anos e é membro da Brigada de Ações Especiais e chefe de Operações da Divisão Aérea, tendo 16 anos de carreira ao serviço da CICPC (uma espécie de FBI venezuelano).

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