Toda a primeira página do Libération desta sexta-feira é dedicada às mulheres que morreram vítimas de violência doméstica entre 2014 e 2016. "Violência conjugal: inquérito sobre um homicídio em massa" é o título em manchete. São 220 os casos que foram investigados pelos jornalistas. "220 mulheres mortas pelo companheiro e ignoradas pela sociedade"..O Libération foi à procura da história destas mulheres, cujas mortes, na maior parte dos casos, apareceram apenas referidas em breves notícias veiculadas pelas agências de informação.."Além dos eufemismos para qualificar os homicídios - 'crime passional', 'diferendo conjugal', 'o drama da rutura' - as vítimas muitas vezes não têm nem sequer nome nem profissão", lamenta o jornal. Com este trabalho, o Libération pretende revelar aquilo que os números não contam: os nomes próprios, os apelidos, a idade, a situação profissional..Géraldine, Christelle, Ninon, Marine, Carole e Myriam são seis destas 220 mulheres.