O presidente do BCP considerou hoje que as condições da operação em curso de venda do Novo Banco à Lone Star têm que respeitar a concorrência no setor bancário, sugerindo que "é sempre possível melhorar" os termos acordados.."Espero que não haja efeitos no BCP pela compra do Novo Banco pela Lone Star, isso é que eu espero. Mas efeitos de outra natureza, porque o da imparidade não vejo que haja", afirmou Nuno Amado, durante a conferência de imprensa de apresentação dos resultados do banco no primeiro trimestre, em Lisboa..O dirigente do BCP sublinhou que é preciso "ver se em termos concorrenciais há um efeito normal" e que "os incentivos à operação de venda à Lone Star sejam os certos, equilibrados, que sejam favoráveis para a estabilidade do sistema, mas que sejam também favoráveis para uma sã e lógica concorrência no sistema", considerando que isso é que é o ponto mais importante.."Há um conjunto de instrumentos contratuais que, na nossa opinião, devem ser muito bem ponderados de modo a que dentro do espírito do acordo que foi anunciado, e dentro desse enquadramento, possam melhorar os mecanismos por forma a que sejam bem delimitadas as responsabilidades. E que os incentivos sejam feitos para haver uma concorrência entre os bancos em que um não subsidie o outro. Achamos que isso é um aspeto fundamental", reforçou..Nuno Amado disse considerar "que é possível, dentro do espírito do acordo, melhorar esses aspetos", mas que não conhecem "os detalhes".."Gostaríamos obviamente de conhecer, mas não conhecemos, mas seguramente que é sempre possível melhorar, assim haja boa vontade das partes", conluiu.