Apetece dizer que o fenómeno Toni Erdmann é mais interessante que o próprio filme. Estamos, de facto, perante uma daquelas ideias minimalistas - um pai de comportamento "infantil" (Peter Simonischek) que vai perturbando a vida profissional e privada da sua filha (Sandra Hüller) - capaz de gerar um misto de curiosidade e algum humor.
Resta saber se tal basta para sustentar uma longa-metragem com mais de duas horas e meia de duração, apenas empenhada em colar "sketches" repetitivos e redundantes.
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Os atores são, obviamente, competentes, mas os resultados têm os limites de uma dramaturgia que ignora as complexidades do estudo psicológico.
Em qualquer caso, o fenómeno aí está e, se as profecias se confirmarem, este será o Óscar de melhor filme estrangeiro. Tendo a seu lado O Vendedor, de Asghar Farhadi...
Classificação: ** (Com Interesse)