Primeiro foram as três mortes de reclusos num só dia, 15 de setembro de 2021, duas das quais na mesma prisão - o Estabelecimento Prisional de Lisboa - uma delas a de Danijoy Pontes, um jovem de 23 anos, todas arquivadas ao fim de um mês como tendo ocorrido "por causas naturais". Depois a de Maria Malveiro, de 21 anos, em Tires, por alegado suicídio - ter-se-á enforcado com lençóis - a 29 de dezembro, quando a sua defesa garante que já tinha alertado para a possibilidade de a jovem atentar contra a sua vida. E a 10 de janeiro Miguel Cesteiro, de 53 anos, morreu em Alcoentre, alegando a família e a Associação Portuguesa de Apoio ao Recluso que há suspeitas de agressões e/ou de falta de assistência. Cinco óbitos que põem em causa a forma como o Estado português exerce os seus deveres de proteção das pessoas à sua guarda e de investigação eficiente e independente das mortes em custódia.