Exclusivo Uma educadora com toque de Midas para os mais frágeis

Brunch com Maria Paula Branco, diretora executiva da escola profissional IDS

Conversamos à mesa do café no MAAT, com sumo de laranja, croissants e cafés a enquadrar o encontro. A boa onda de Maria Paula enche a sala desde que ali entrou, o sorriso contagia tudo à volta. Peço-lhe que me conte a sua vida. "Ui... Aos 69 anos tem-se muita coisa para dizer", ri-se com os olhos, com os gestos, com o corpo todo. A sua simpatia vibrante faz parecer que nos conhecemos há uma vida, apesar de nos encontrarmos ali pela primeira vez com o MAAT a estender-se em reflexos sobre o Tejo.

Maria Paula nasceu e cresceu em Lisboa, mas tem ascendência africana. "O avô branco de Viseu encantou-se por uma senegalesa com quem teve seis filhos, a única menina a minha mãe. Estudaram todos no Colégio Moderno e depois a mãe casou-se com um oficial da Força Aérea, também branco, e por isso eu e o meu irmão somos já mulatos filhos de mulata." É talvez nessas raízes africanas, que foi procurar com toda a família ainda há uns meses, numa viagem cultural de três gerações ao Senegal - com a filha, Rita, e as netas por quem se derrete, Maria Teresa e Maria Luísa, de 9 e 5 anos -, que bebe a musicalidade da voz e a gargalhada plena de vida, mesmo quando descreve momentos mais difíceis.

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