A deputada socialista Isabel Moreira classificou a nova campanha antitabágica do Ministério da Saúde de "misógina e culpabilizante das mulheres", defendendo que a tutela deve retirar o vídeo.
A diretora-geral da Saúde Graça Freitas responde às críticas a diz que as mulheres jovens são o público-alvo porque "é nesta parte da população que o consumo de tabaco está a aumentar, em vez de diminuir".
A campanha, intitulada "Uma princesa não fuma", mostra numa curta-metragem o relacionamento entre uma mãe fumadora e com cancro e uma filha.
Segundo Graça Freitas, a campanha tem um enquadramento epidemiológico que são as mulheres adolescentes, porque são as que estão a fumar mais.
Relativamente ao slogan "opte por amar mais", a diretora-geral da Saúde esclareceu que se refere ao bem-estar, ao amor à vida e não a terceiros.
"Queremos, desejamos que o consumo do tabaco se reduza", adiantou, optando por esperar pela forma como a campanha vai evoluir.
Segundo Graça Freitas, se se verificar que é útil alguma alteração, esta será feita.
Segundo o Ministério da Saúde, o consumo de tabaco é responsável por 10,6% das mortes em Portugal, o que significa que o tabaco mata um português a cada 50 minutos e que as mulheres estão a adoecer e a morrer mais por doenças associadas ao tabaco.
"O relatório das doenças oncológicas, publicado em 2017, destacou o aumento de 15% da mortalidade no sexo feminino, entre 2014 e 2015, por tumores malignos de traqueia, brônquios e pulmão.