Há mais de 115 mil mulheres infetadas em Portugal, mais 20 mil do que homens
No fim de semana em que 191 concelhos do país ficam sob medidas mais restritivas, o boletim da DGS dá conta que a população feminina regista mais 20 mil casos de infeção por covid-19 do que a masculina. Ao todo, são
115 634 mulheres e 95 632 homens. A nível nacional registaram.-se nas últimas 24 horas mais 6602 novos casos e mais 55 mortes.
Portugal regista neste sábado mais 6602 casos positivos de covid-19 e mais 55 mortes, menos 49 casos do que na sexta-feira e menos 14 mortes. Ao todo, o país soma já 211 266 casos positivos e 3305 mortes. Números que, mais uma vez, revelam a situação "grave" que o país atravessa, segundo referiu esta manhã o primeiro-ministro.
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Neste momento, e como revela o boletim epidemiológico deste sábado, há 85 444 casos ativos, mais 1412 do que ontem, dia 13, e 122 517 recuperados, mais 5135 do que nesta sexta-feira.
O número de casos em vigilância também continua a aumentar registando-se à data de hoje 91 936 casos em vigilância, também mais 1511 do que ontem.
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Quanto a doentes internados em enfermaria há a registar menos um, havendo hoje 2798. Nas Unidades de Cuidados Intensivos já não é assim, o número passou 413, mais 25 do que nesta sexta-feira.
Região Norte é a mais afetada com mais quatro mil casos do que nesta sexta-feira, e Algarve a menos, não tendo registado qualquer morte.
A Região Norte continua a ser a que regista maior número de casos e já com uma diferença de quase 30 mil casos em relação à Região de Lisboa e Vale Tejo. Neste momento, o Norte soma 105 839 casos, mais 4 154, que ontem, e 1519 mortes, mais 28 em relação ao total de sexta-feira.
A Região de Lisboa e Vale do Tejo soma 76 577 novos casos, mais 1563 do que ontem, e 1250 mortos, mais 17 em relação ao dia anterior.
O Centro aparece como a terceira região mais atingida 19 849 casos, mais 715 do que no dia anterior, e com mais oito mortes do que o total de sexta-feira, 411. O Alentejo regista no total 3907 casos, mais 52 do que ontem, dia 13, e 76 mortes, mais duas do que ontem.
O Algarve permanece como a região menos atingida, com menos alguns casos que o Alentejo, ao todo contabiliza 3 896 casos, mais 95 do nesta sexta-feira, não tendo registando neste dia qualquer morte, mantendo as 32 do dia anterior.
Na Madeira há a registar mais 18 casos do que no dia anterior, passando para um total de 579 casos, e nos Açores mais cinco casos, passando 619 casos, mas nenhuma das ilhas registou mortes nas últimas 24 horas.
É preciso não esquecer, e de acordo com o que foi noticiado ontem pela ministra da Saúde, Marta Temido, na conferência de balanço epidemiológico sobre a situação, que a "taxa de incidência a sete dias de 361,1 novos casos por 100 mil habitantes em todo o país, sendo que a taxa de incidência a 14 dias é agora de 655,2 novos casos por 100 mil habitantes".
No entanto, a ministra destacou que a taxa "é muito assimétrica" em todo o território, reforçando a ideia de que "onde há mais casos e existe maior pressão sobre os serviços de saúde é na região norte, onde a taxa de incidência por 100 mil habitantes a 14 dias atingiu os 1126 casos. A região centro tem 449,9 casos, Lisboa e Vale do Tejo chega a uma taxa de 466 casos, enquanto Alentejo (252,9) e o Algarve (251,2) apresentam valores semelhantes.
Mais de 100 mil mulheres infetadas
No balanço da pandemia, há ainda a salientar que o número de mulheres infetadas aumentou significativamente nos últimos dois meses, ultrapassando hoje em mais de 20 mil casos relativamente ao número de homens infetados.
De acordo com o boletim, neste momento Portugal tem 115 634 mulheres infetadas, contra 95 632 homens. A faixa etária mais atingida e que se destaca no gráfico é a que se situa entre os 40 e os 49 anos, embora este aumento venha a ser sentido desde as camadas mais jovens, dos 20 anos até aos 49 anos.
No grupo das mulheres, a faixa etária dos 40 aos 49 anos regista um total de quase 20 mil casos (19 943), depois seguem-se as mais jovens, dos 20 aos 29 anos, com 18 526 casos, e por fim as dos 30 aos 39 anos, com 17 974.
Em relação aos homens, a faixa etária com maior número de infetados é a mais jovem, entre os 20 e os 29 anos, com 16 427 casos, segue-se a faixa entre os 40 e os 49 anos, com 15 451, e só depois a dos 30 e 39 anos, com 15 214. .
O mesmo já não se passa quando olhamos para os óbitos, aqui os homens aparecem à frente das mulheres com mais 65 óbitos. Há registo de 1685 óbitos de homens e 1620 de mulheres. Tanto nas mulheres como nos homens o maior número de mortes ocorre acima dos 80 anos, no caso das mulheres contam-se até agora 1240 óbitos e no caso dos homens 993. A diferença de mortalidade de sexo para o outro está nas camadas mais jovens. Enquanto nos homens há a registar 81 mortos na faixa etária dos 20 aos 59 anos, nas mulheres registaram-se 47.
Nos homens, há a contabilizar dois óbitos entre os 20 e os 29 anos, nas mulheres, um, no escalão dos 30 aos 39 dos homens, três óbitos, nas mulheres também três, nos 40 aos 49 nos homens registaram-se até agora 18 óbitos e 68 no escalão dos 50 aos 59 anos. Nas mulheres, tais faixas etárias regsistaram 12 e 31 óbitos, respetivamente.
Nos homens, no escalão dos 60 aos 69 anos, já houve 197 óbitos, nas mulheres, 84, entre os 70 e os 79 anos contam-se 404 mortes nos homens e 248 nas mulheres.

António Costa apelou aos portugueses para façam mais um esforço e fiquem em casa numa mensagem vídeo publicada neste sábado..
Apelos de governantes ao ficar em casa não cessam
Dados que levaram a ministra a assumir que "Portugal atravessa a segunda vaga, tal como outros países da União Europeia, e frisando que "a situação do país é grave e, como tal, reforço o apelo ao cumprimento de medidas. É mesmo o melhor que podemos fazer", frisou.
Hoje foi a vez de o primeiro-ministro apelar aos portugueses para ficarem em casa enumerando várias razões pelas quais é importante que o façam. Numa mensagem em vídeo aos portugueses António Costa assume que a primeira razão para tais medidas é o facto de a situação da pandemia no país ser "grave", considerando essencial travar o crescimento da covid-19.
Defendendo mesmo que as medidas restritivas agora tomadas são um "mal menor", porque o que o Governo está a tentar evitar é um novo "confinamento como o da primeira vaga da pandemia, em março e abril passados, quando foi necessário fechar a generalidade das atividades económicas e fechar as escolas", com a generalidade das pessoas "fechadas em casa".
A covid-19 já regista no mundo mais de 53 438 640 casos de infeção, mais de 1,3 milhões de mortes, mas também mais de 34,3 milhões de recuperados.