Em setembro de 2021, e quase nove meses depois do início do processo de vacinação contra a covid-19, pelo menos na Europa, apareceu uma nova esperança: as vacinas de 2.ª geração, que já estavam em ensaios de fase III, a última fase, para em seguida serem apresentadas às autoridades do medicamento internacionais. No final do ano, e conforme foi noticiado na altura, a Agência Europeia do Medicamento (EMA, sigla inglesa) já teria três vacinas em apreciação, mas o aparecimento de uma nova variante na África do Sul, mais transmissível que a Delta, veio "complicar" os estudos em curso. A meta de obter vacinas contra a transmissão da covid-19 parece estar agora mais longe, bem como a da imunidade de grupo. Em entrevista ao DN, o médico imunologista, investigador do Instituto de Medicina Molecular (iMM) João Lobo Antunes e um dos especialistas que integra a Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 da DGS, Luís Graça, assume que o importante agora é seguir a estratégia da vacinação primária e a dos reforços, para evitarmos consequências graves, como internamentos e óbitos.