Peixe-lua gigante de dois metros dá à costa em praia da Califórnia
Um peixe-lua apareceu numa praia da Califórnia. É a primeira vez em 130 anos que a espécie é avistada no hemisfério norte.
Um peixe-lua de 2,05 metros e mais de 270 quilos, foi encontrado na praia de Coal Oil Point Reserve, na Califórnia. A equipa da reserva marinha local publicou fotos do peixe gigante nas redes sociais erradamente como peixe-lua Oceânico (mola mola), que é frequentemente encontrado em mares fora dos Estados Unidos. Mas a espécie encontrada é bastante mais rara.
Trata-se de um Mola teca, uma espécie rara que foi descoberta pela primeira vez em 2014 por um estudante de doutoramento dinamarquês, que trabalhava na Nova Zelândia, e foi formalmente identificada em 2017. "Nós realmente não sabemos muito", afirmou Marianne Nyegaard, investigadora associada do Auckland War Memorial Museum, que descobriu e nomeou a espécie e conseguiu informar a equipa da Califórnia do Coal Oil Point Reserve sobre o que tinham encontrado.
À exceção do avistamento documentado na Holanda em 1889, aquela espécie de peixe-lua só foi encontrada nas águas do hemisfério sul, na Nova Zelândia, Austrália, Chile e Peru. "Isto é o mais a norte que aconteceu", admitiu Marianne Nyegaard, citada pelo Guardian.
Subscreva as newsletters Diário de Notícias e receba as informações em primeira mão.
A especialista clarifica ainda que é difícil identificar as diferentes espécies de peixe-lua e foi por isso que demorou tanto tempo para que o Mola teca fosse classificado como uma espécie separada. Quando recebeu o post do Facebook da Coal Oil Point Reserve, ficou com dúvidas que se tratasse mesmo desta variante.
Para isso pediu ao pessoal da reserva para tirar mais fotografias em que fossem visíveis as diferentes características do peixe-lua e aí ficou claro que era mesmo um Mola teca. "Quando as fotos chegaram eram tão claras que nem conseguia acreditar, era uma mistura de descrença e excitação", afirmou a investigadora. O motivo pelo qual este peixe em particular chegar tão longe a norte, a 6800 quilómetros de casa, é que ainda não é claro.
"Há a questão em torno das mudanças climáticas, mas não podemos concluir nada apenas com um espécime", disse a investigadora.