Segunda Guerra Mundial

António Araújo

O mal francês

Que se passa com França? - é a pergunta que por estes dias acorre ao espírito de muita gente pelo mundo fora. Com o país a ferro e fogo, Macron foi até à China e veio de lá cheio de ideias. No avião de regresso, após uma reunião de seis horas com o seu homólogo Xi, deu uma entrevista ao Politico em que, repetindo o que dissera logo à chegada a Pequim, afirmou que a China lhe dera provas do seu "compromisso com a integridade territorial e a soberania das nações". Dias depois, em entrevista à TF1, o embaixador chinês em Paris negou de forma cortante a soberania dos Estados ex-soviéticos ("não há nenhum acordo internacional que materialize o seu estatuto de países soberanos"). O Quai d"Orsay reagiu com "consternação" às declarações do diplomata chinês, mas o mal estava feito e malfeito: por um lado, e com a brutalidade habitual, Pequim não hesitara, e logo pela voz do seu embaixador em Paris, em desdizer pública e estrondosamente aquilo que o chefe do Estado francês, num gesto de boa vontade e de main tendue, afirmou à sua chegada a Pequim; por outro lado, e mais decisivamente, Emmanuel Macron saiu deste episódio fazendo uma monumental e internacional figura de palhaço, imagem tristemente espalhada urbi et orbi e que mostra bem as desditas que sofrem todos quantos, como ele, Lula e outros, pretendem afirmar-se como "vozes alternativas" aos dois blocos em rivalidade crescente: a China, de um lado; a América, do outro.

Histórias da Segunda Guerra Mundial

Sobreviver a 5500 metros sem paraquedas e convencer nazis que não é espião

Ficou conhecido pelos camaradas da RAF, a força aérea britânica, como "o indestrutível Alkemade". Durante a Segunda Guerra Mundial, cujo final há 75 anos se assinala este sábado, Nicholas Alkemade saltou de um bombardeiro em chamas e sobreviveu sem qualquer osso partido. Os ramos de um pinheiro e a neve no chão amorteceram a queda em território alemão. (Artigo originalmente publicado a 25 de março de 2019).