
Rui Pedro Tendinha

Rui Pedro Tendinha
O João. Outra vez, o João Salaviza...
Cultura
Festival San Sebastián. Timothée Chalamet é a sensação num festival que arrancou em pleno
A decorrer em San Sebastian, o Festival de San Sebastián continua a dar sinais de crescimento no panorama internacional. Beautiful Boy, com Timothée Chalamet, foi o título mais mediático desta primeira metade, mas há outros títulos na corrida à Concha de Ouro

Emma Thompson
"Quem se casa com um ator ou atriz tem de ter muita paciência"

Cultura
Robert Redford e a despedida comovente em Toronto

Cultura
5 Filmes que abalaram Toronto
Cultura
Estreias. Joaquim e Vazante- o dedo na ferida colonialista portuguesa
Chegam aos nossos ecrãs em exclusivo nos cinemas UCI, Vazante, de Daniela Thomas e Joaquim- O Tiradentes, de Marcelo Gomes. Dois exemplos de cinema luso-brasileiro que falam de um passado português sangrento no Brasil
Cultura
O magnífico O Caderno Negro vai abrir o Cinecôa
O DN já sabe alguns dos segredos do 7º Cinecôa, que arranca a 27 deste mês. Vila Nova de Foz Côa recebe um festival que privilegia a tertúlia e o cinema português. A homenagem a Paulo Branco é um dos trunfos deste ano

MOTELx
Nicolas Cage vai partir a louça no MOTELx

Cultura
A estreia da semana - O Espião que me Tramou

Cinema
No verão dos "Incredibles", "Mamma Mia" e Tom Cruise foram outros dos campeões
As estreias da semana
Estes marretas pedem bola vermelha no canto do ecrã
Marretas feios, porcos e maus numa comédia para adultos. Pela Hora da Morte chegou aos cinemas e é uma loucura de Brian Henson com orgulho na sua taradice sexual.

Cinema
As estreias da semana - os sotaques e a histeria francesa

Gruta de Tham Luang
Hollywood já tem cinco filmes na calha sobre crianças da Tailândia

Cultura
Diamantino é parecido com CR7? A culpa é de Carloto Cotta
Cultura
O Curtas votou na escola
Onde o Verão Vai (Episódios da Juventude), de David Pinheiro Vicente venceu a competição nacional do Curtas Vila do Conde. Um filme feito em contexto escolar. Aliás, alguns dos melhores filmes vieram de escolas, como Amor, Avenidas Novas, de Duarte Coimbra, vencedor do Take One! e A Ver o Mar, de Ana Oliveira e André Puertas, melhor realização nessa secção dedicada aos jovens
joe cole
Um ator enraivecido numa prisão de Banguecoque
O DN entrevistou Joe Cole, um dos atores do momento em Hollywood, que aqui dá corpo e alma a este campeão que sobreviveu contra tudo e contra todos. Prece ao Nascer do Dia estreia-se hoje

As estreias da semana
Do cinema francês a Javier Bardem como Pablo Escobar
Rui Pedro Tendinha
O marketing dos indies
Opinião
Adeus mestre!
Opinião
Uma exposição que já era cinema
A discussão que Manifesto pode trazer deve ser proveitosa. Um filme que nasce de um conjunto de pequenos filmes que faziam parte de uma videoinstalação para ver numa galeria de arte. Apropriação do cinema às artes visuais? Chico-espertice dos exibidores? Afinal, Manifesto, de Julian Rosefeldt, é cinema ou uma visualização de uma exposição? Para quem teve oportunidade de ver a exposição Manifesto (estreada em 2015 na Austrália, em Melbourne), como é o meu caso, em Paris, no ano passado, a experiência de o ver em sala não se compara ao império dos sentidos que experimentei na sala de exposições das Beaux Arts.As 13 Cate Blanchetts que acabavam por brincar em cacofonia num espaço milimetricamente iluminado e organizado segundo uma discrição elaborada pediam uma sala grande. Pediam também uma disponibilidade nossa perante uma pulsão de interpelações em rituais análogos. Era qualquer coisa de siderante e tinha sempre uma carga sensorial. Carga essa que pressupunha "reconhecimento" de prazer sonoro (como uma experiência de apreensão dos significados) e de jogo aberto com as fronteiras da instalação. Saía-se da sala com vontade de voltar logo (eu, como muita gente, fiquei no fim recolhido a contemplar de longe as 13 telas) ou permanecer em sessões contínuas em frente ao ecrã onde temos a Cate Blanchett punk rocker.Mas a sensação mais forte daqueles pequenos 13 filmes que fazem uma só obra é que, mesmo estando a servir a função "redutora" de instalação de arte, têm cinema. Com boa vontade, Manifesto , nesta versão que hoje chega aos cinemas portugueses, tem também vida de cinema. E chega numa altura em que pode inspirar manifestos de artistas quanto às políticas culturais deste país. Porque esta mulher-disfarce chamada Cate Blanchett inspira. Só é pena a exposição, que viajou por toda a Europa, nunca ter chegado a Portugal...
Opinião
O precedente está aberto...
Opinião
Sobreviver à demasiado previsível consagração de Del Toro
Imagens de Berlim
Um festival gourmet com música forte
Cinema
Os filmes clássicos e modernos que nunca esqueceram o Natal
Um roteiro dos filmes que vale a pena rever ou descobrir
Rui Pedro Tendinha
Sufjan no cinema
Bem curiosa esta coincidência da canção de Sufjan Stevens, Tonya Harding, surgir numa altura em que o filme I, Tonya, de Craig Gillespie, está na rota da temporada dos prémios. Coincidência ainda maior quando o músico assina também um punhado de canções de beleza lancinante para Chama-me pelo Teu Nome, de Luca Guadagnino. A coincidência só não volta a acontecer na qualidade dos filmes. O filme do italiano é uma obra-prima de todo o tamanho, um dos grandes momentos do próximo ano cinematográfico, aconteça o que acontecer, enquanto I, Tonya é uma "chico-espertice" em forma de biografia sobre a patinadora artística white trash, uma espécie de conto sobre uma América ruinosa dos anos 1990 empolada por uma glorificação do kitsch. Vi o filme no Festival de Toronto e percebi de assentada que a estética de caricatura que tenta ser "engraçadinha" podia levar o filme para aquele ponto do hype infundado.
Rui Pedro Tendinha
Visionamento com ovação
Opinião
Os sortudos do Rivoli
Rui Pedro Tendinha
Tudo é marketing
Opinião
Cannes, Estoril, Cannes
Estive com David Lynch três vezes em circunstâncias mais ou menos surreais. Com Lynch, a palavra surreal é uma adenda redundante. A primeira vez foi numa entrevista em 2001 no Hotel Carlton de Cannes, durante o festival, por alturas do lançamento de Mulholland Drive. Uma conversa fascinante toda ela em moldes de enigmas e advinhas. O cinema não se explica, não se cansava ele de dizer. O mistério é feito por nós. E Lynch, sempre com um sorriso gentil, divertia-se com a perplexidade de alguma imprensa do festival (mal imaginavam certos críticos que, uns anos depois, o seu cinema iria desembocar no experimentalismo radical de Inland Empire). Impossível não reparar na forma como o génio se expressava, jogando muito com as mãos, com os dedos... Há 11 anos, o segundo encontro, quando fui convidado para moderar com Paulo Branco uma conversa em forma de masterclass no primeiro Estoril Film Festival (agora Lisbon & Sintra Film Festival), no Centro de Congressos do Estoril. Uma palestra onde se percebia o culto imenso dos portugueses pelo criador de Twin Peaks. A sala estava a abarrotar e a química com o público era total. Lembro-me perfeitamente que nessa altura estava apenas interessado em falar e promover os prazeres da meditação transcendental. Lynch apostou na conversa mística, mas esteve sempre divertido e a pedir cafés. A sua presença em Portugal não chegou às 24 horas e durante todo esse tempo nunca comeu, apenas quis fumar e recorrer à cafeína, tendo ainda tempo para uma cerimónia musical com meditação num ermo no Estoril. Por fim, neste domingo, no jantar do encerramento do Festival de Cannes voltei a cruzar-me com ele. Voltei a perceber que tem uma aura. E o seu mistério traz simpatia, não sendo por acaso que depois de Will Smith era a celebridade mais solicitada para selfies. Lynch também sabe ser pop star.
Opinião
O primeiro Bond da geração dos 70
Rui Pedro Tendinha
Apupos, ovações e silêncio
Opinião
Duas Fátimas?
Opinião
Ainda há filmes escondidos
Estranhas semanas estas no mercado de estreias em Portugal. Na semana passada, dois filmes relevantes estrearam de forma invisível: The Idol - A Força de Acreditar, de Hany-Abu Assad e Out of the Furnace - Para além das Cinzas, de Stuart Cooper. Além de relevantes, são ótimas obras que mereciam ter espectadores, coisa que mal tiveram (o filme de Cooper ainda atraiu no fim de semana em duas salas cerca de 200 espectadores, enquanto o de Assad nem uma centena de espectadores conseguiu). O primeiro trata-se de um trabalho de um realizador da Palestina que por cá já teve público e furor crítico com obras como Paradise Now - O Paraíso, Agora! (2005) e Omar (2013). Esteve no Festival de Toronto e conta a história verdadeira de um reality show que mexeu com o orgulho da Palestina no Médio Oriente. Tinha tudo para poder ser um pequeno sucesso de estima se tivesse sido mostrado à crítica ou tido um investimento mínimo na promoção.Não se percebe também como Para além das Cinzas, com atores oscarizados como Christian Bale, Casey Affleck, Woody Harrelson e Zoe Saldana não tenha estreado antes (data de 2013). Possivelmente é um dos grandes thrillers do cinema americano dos últimos anos e só chega agora por razões de contrato, sobretudo para alavancar o seu breve lançamento em VOD. Mas é pena não terem mostrado à crítica, não era preciso ser tão boicotado...Tudo isto quando agora chega Velocidade Furiosa 8 sem ser mostrado à imprensa. A Universal sabe que tem aqui um dos maiores sucessos de bilheteira deste ano e dispensa o julgamento dos críticos. Obviamente, ninguém vai deixar de ver o filme por uma bola negra de um crítico mas faz impressão nos dias de hoje ainda haver este medo (ou desprezo) pela imprensa. Além do mais, o 7 chegou a ter defensores entre a crítica...
Rui Pedro Tendinha
King Kong girls
Devo começar por confessar a admiração profunda que tenho por Brie Larson, a atriz que o ano passado venceu o Óscar. A sua interpretação em Quarto, de Lenny Abrahamson, era qualquer coisa do registo histórico, um surto de fúria e amor numa das mais inesquecíveis personificações de maternidade. Já antes, em Temporário 12, de Destin Daniel Cretton e nos breves momentos em que surge na comédia de Judd Apatow, Descarrilada, era também de uma intensidade fora do normal em Hollywood. Serve isto para dizer que neste Kong - Ilha da Caveira, o primeiro filme depois da consagração universal, é difícil ver nela o que quer seja para além de uma figura bela e cinegénica. O filme não lhe pede nada e ela não dá nada, nem mesmo a dignidade da "dama que grita". E a proposta era icónica: ser a loura que chama a atenção ao gorila gigante... com direito até ao momento de ficar na mão dele. Mas por falta de química ou por desleixo do argumento, insisto, não reparamos em Brie. É a tal coisa do porte monumental destas grandes produções, ficamos antes a olhar para os efeitos.
Óscares 2017
O chocante golpe de teatro de Beatty
