OpiniãoDe que vale pensar uma década sem garantia de consenso político?Se há coisa de que Portugal não se pode queixar é de falta de pensamento e planeamento estratégico, de ideias para futuros soalheiros e risonhos. O que tem faltado é capacidade, seja política ou financeira, para que esses planos possam dar o salto do papel para o país.
OpiniãoCenteno despedido sem justa causa?Costa e Marcelo deram tudo em palco e, presume-se, fora dele. Bem sei que andávamos todos - aqueles que gostam, comem e respiram política - a precisar de uma boa e animada crise, de algo que interrompesse o confinamento da intriga, mas que a peça que Primeiro-ministro e Presidente ensaiaram e levaram a palco nesta reentre tenha queimado em praça pública um ministro das finanças meses depois do país ter conseguido o primeiro excedente orçamental em democracia, talvez tenha sido um exagero.
Paulo TavaresO doutor Rui Rio é um homem sérioFoi a frase que mais ouvi ontem de manhã no Fórum TSF. Manuel Acácio, o jornalista que há mais tempo conduz aquela balança diária, colocou nos pratos estas perguntas: "Que balanço faz dos dez meses da liderança de Rui Rio? Concorda com a acusação de que existe uma campanha interna de ataque ao líder? O PSD tem-se assumido como o principal partido da oposição?".
Paulo TavaresUma frágil imunidade ao populismoComeço pelo fim e com alguns conselhos. Compre e leia jornais - bons jornais ou mesmo os menos bons -, escute e veja rádios e televisões de referência. Na internet, consulte os sites desses jornais, rádios e televisões. Se perdeu o hábito de ver os telejornais das oito da noite, regresse. Se não compra jornais nem ouve noticiários na rádio, volte.
Opinião"Vai para o teu país, pá! Lá é que estás bem" Não sei bem há quantas décadas andamos a aprender, ensinar e perpetuar narrativas mais ou menos enganadoras sobre quem somos e qual o nosso papel na história. A colonização amiguinha e inócua, os brandos costumes, o país inclusivo e quase nada racista e, mais recentemente, a ilha de razoabilidade e moderação política numa Europa rasgada por intolerância, xenofobia, nacionalismos e populismos vários.
OpiniãoO fraco jogo na mão de PCP e BEO aviso de António Costa - sem OE 2019 aprovado, demite-se -, na primeira parte da entrevista ao DN, acontece porque este maio está a ser o mais quente dos meses em matéria de contestação social desde o nascimento da geringonça e talvez apenas porque sim, porque pode.
OpiniãoCrise política?Há uma pergunta essencial nestes dias em que o país político e mediático decidiu voltar a falar de crise política: o que levaria PS, Bloco, PCP e Verdes a quebrar os acordos assinados em 2015, provocando uma crise política e eleições antecipadas, a ano e meio do final da legislatura e com a economia e o país no estado em que estão?
Opinião da direçãoDiplomacia não rima com pressaTomar "boa nota" é muito provavelmente tudo o que Portugal pode e deve fazer a esta altura, na ressaca diplomática do caso Skripal. A diplomacia portuguesa não tem por hábito reações precipitadas e se há algo que pode explicar a dissonância entre a dimensão geográfica do país e a sua projeção de força e influência na cena diplomática mundial - a eleição de António Guterres é o grande exemplo - é precisamente a capacidade de manter canais de diálogo abertos com todos.
OpiniãoAssunção e um pecado capitalAssunção Cristas apresentou-se ontem no congresso de Lamego com um discurso de uma nota só. As ideias de que será em 2019 que vão a eleições lutar pelos votos do centro-direita em pé de igualdade com o PSD, de que ela, Assunção Cristas, é candidata a primeira-ministra e de que o CDS é a única e verdadeira alternativa ao governo do PS são, afinal e bem espremidas, uma só: na cabeça da líder, chegou a hora do CDS. A soberba é um dos sete pecados capitais, o que não fica nada bem num partido que se diz da democracia-cristã.
FutsalTítulo e aumento de praticantes são incentivos para a afirmação definitivaPortugal campeão europeu foi um projeto iniciado em 1997 e que ganhou forma em 2011. Agora há o difícil desafio de continuar no topo
Opinião da direçãoPode Ser Diferente?Sim, parece que sim. Rui Rio assumiu a liderança do PSD com um discurso forte, corajoso e pouco habitual nestes momentos de abertura de congressos partidários. Para lá da clarificação da noite - "o bloco central não existe nem existirá" -, o novo líder cumpriu o guião que melhor responde aos seus principais desafios neste arranque de liderança: afirmação da liderança, diferenciação ideológica e programática em relação à anterior direção e ao PS e a necessidade de unir o partido em torno do novo projeto.
Opinião da direçãoO jornalismo e o desafio da verdadeUm jornalismo sem fingimentos, hostil às falsidades, a slogans sensacionalistas e a declarações bombásticas; um jornalismo feito por pessoas para as pessoas e considerado como serviço a todas as pessoas, especialmente àquelas - e no mundo são a maioria - que não têm voz; (...) um jornalismo empenhado em indicar soluções alternativas à escalada do clamor e da violência verbal." O apelo é do Papa Francisco, na mensagem que publicou ontem, no Dia Mundial da Comunicação Social - uma ideia saída do Concílio Vaticano II.
Opinião da direçãoE agora, Rio? O homem que anunciou a candidatura à presidência do PSD em outubro, dizendo que "a política precisa de um banho de ética", que "o PSD não é nem será um partido de direita", ou que quer reconciliar os portugueses com o partido, é agora o novo presidente dos sociais-democratas e líder da oposição.