Música no Coração

Notícias

Festival também se faz nos bastidores

Caixas empilhadas e instrumentos alinhados. Tudo devidamente catalogado com etiquetas que revelavam um expressivo "Madness". Camiões com material de iluminação para reforçar um palco prestes a receber os Daft Punk… Enquanto os primeiros fãs reservavam calmamente os melhores lugares junto do palco, o backstage fervilhava de actividade. Ultimavam-se pormenores nos camarins dos artistas, preparava-se o catering para a produção do festival e acertava-se luz e som para os concertos da noite. Os bastidores guardam uma outra face do festival que poucos têm a oportunidade de conhecer.

Cartaz

Novo triunfo dos Pontos Negros

Todos os conheciam, naquele que foi o mais concorrido dos concertos de abertura no palco Planeta Sudoeste. Ontem, os Pontos Negros foram irreverência contida mas palpável, pop mascarada de guitarras adolescentes mas descobertas junto de gente com mais história. Frente ao palco juntaram-se os que os vêem “como uns Strokes portugueses”, que rasgam sorrisos a acompanhar a ironia dos versos cantados. “São tão novos”, exclamavam recém-conquistados pelo momento rock’n’roll do dia. É esperar para os escutar em disco. A noite anunciava ainda David Fonseca, Vanessa da Mata ou Camané.

Cartaz

O ritual do habitual

OSudoeste, mais que apenas um festival de música, é hoje um ritual pelo qual muitos não imaginam não passar. É um lugar de afirmação de uma certa conquista de independência, que se faz por quatro dias sem pais por perto e praia logo ali ao lado. A música? É banda sonora fundamental, claro. Mas ao contrário de outros festivais, onde a falta de certos nomes pode significar um desaire na bilheteira, no Sudoeste canta-se de outra maneira. E o cartaz de 2007, mesmo longe de outros mais suculentos em anos passados (todavia com diversos motivos de interesse), revelou que até sem trunfos evidentes, a festa faz-se à mesma e sem falta de quem a queira viver. Os que temiam crise "sudoestana" com o afastamento das agendas ibéricas de grandes artistas para o mês de Julho (gracias à antecipação do Festival de Benicassim), afinal, não tinham razão.