João Almeida MoreiraUma incubadora de anormaisA política do Brasil voltou, com Lula, à modorrenta normalidade depois de quatro anos de furiosa anormalidade sob a presidência de Bolsonaro e quadrilha, nos quais, por exemplo, se cometeu o que vem sendo classificado por especialistas como um genocídio contra o povo ianomami, a definhar tragicamente em aldeias da Amazónia.
João Almeida MoreiraO ministério do óbvioTrabalhadoras e trabalhadores do Brasil vocês existem e são valiosos para nós; mulheres do Brasil, vocês existem e são valiosas para nós; homens e mulheres pretos e pretas do Brasil, vocês existem e são pessoas valiosas para nós."
João Almeida MoreiraO Brasil depois do pé de Merkel No Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT) equaciona apresentar uma candidatura da sua área política à presidência da Câmara dos Deputados que poderá incendiar a relação entre parlamento e governo.
João Almeida MoreiraOs futuros presidiáriosQuem perdoa é Deus, quem deixa passar é torniquete, quem tem dó é viola, quem dá refresco é Tang, quem tem pena é galinha, quem come mosca é sapo, quem alivia é Aspirina, quem deixa passar em branco é borracha, quem deixa barato é black friday", escreveu no Twitter o deputado federal Marcelo Calero.
João Almeida MoreiraO que fazer com a camisa amarela?Quem já acompanhou um Mundial (ou Copa, como se diz por aqui) no Brasil sabe: o país vira um mar amarelo. Cinco vezes Campeã do Mundo, mais do que qualquer outra, e presente em todas as edições da prova desde 1930, mais do que qualquer outra, a prestação da seleção brasileira nas Copas é assunto de Estado.
João Almeida MoreiraA última cambalhota de MoroJair Bolsonaro, o ladrão da rachadinha, boicotou a luta contra a corrupção para proteger a família, envolvida em escândalos, como o de desvio do salário dos assessores para o próprio bolso.
João Almeida MoreiraDe FHC ao goleiro BrunoSe Lula for reeleito vai fazer um governo pior ainda do que o atual", dizia Fernando Henrique Cardoso (FHC) em 2006, às vésperas da eleição daquele ano em que Geraldo Alckmin, seu correligionário no PSDB, defrontava o candidato do PT. Lula classificou as declarações de "jogo sujo eleitoral", numa das muitas tensões na relação de 50 anos entre os antigos presidentes. Na semana passada, FHC declarou voto em Lula "por uma história de luta pela democracia e inclusão social".
João Almeida MoreiraLula, Bolsonaro e Barbalho Ao noticiário internacional, as eleições do Brasil chegam concentradas, num contexto de radicalização e ódio, em dois nomes, Lula da Silva, firme e hirto no primeiro lugar das sondagens, e Jair Bolsonaro, a brochar preocupantemente nelas.
João Almeida MoreiraComo fugir de Guilherme de PáduaJair Bolsonaro e Élcio Queiroz, um dos acusados de matar Marielle Franco, têm fotografia abraçados e sorridentes. O presidente da República, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o casal composto pelo pastor Anderson Carmo e pela deputada e cantora gospel Flordelis tiraram selfies juntos, alegres e cúmplices, num jogo de futebol em Brasília, quatro dias antes de ela matar o marido. E agora o casal inquilino do Planalto esteve num evento evangélico com Juliana Lacerda, fotografada ao lado de Michelle, bochecha de uma na bochecha da outra.
João Almeida MoreiraAs forças desarmadas do BrasilAs Forças Armadas iemenitas estão em guerra com as milícias huti, as Forças Armadas etíopes estão em guerra com o Exército do Tigré, as Forças Armadas moçambicanas estão em guerra com os militantes wahabitas, as Forças Armadas ucranianas estão em guerra com o invasor russo. Já as Forças Armadas do Brasil estão em guerra com o voto por urna eletrónica.
João Almeida MoreiraDas bolas às balasNa reta final da campanha da segunda volta das eleições presidenciais de 2010, disputada pela quinta vez seguida entre um candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), no caso Dilma Rousseff, e do Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), no caso José Serra, as televisões interromperam as emissões para anunciar que o segundo havia sido agredido por apoiantes da primeira.
João Almeida Moreira"Este país não pode dar certo""Este país não pode dar certo: aqui prostituta se apaixona, cafetão [chulo] tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita". A frase, atribuída ao músico brasileiro Tim Maia, é frequentemente lembrada no Brasil.
João Almeida MoreiraEm 100 anos saberemosSem futuro na vida militar, Jair Bolsonaro pulou, em 1988, para a política a defender a ditadura, a tortura, os extermínios e tudo o mais que sugerisse sangue e morte. Para os propagar, usou participações em talk shows onde regurgitava as suas opiniões, sem contraditório, gerando um misto de horror e riso nos espetadores, mas arregimentando, em paralelo, um nicho de adeptos suficiente para se ir elegendo deputado por anos.