Fórum Económico Mundial

José Mendes

Uma Europa (mais) protecionista

Davos está de volta. Esta foi a semana de fama desta pequena localidade dos Alpes suíços. Nestes dias de janeiro, os esquiadores foram substituídos pela elite convidada de políticos, empresários, banqueiros, lobistas e celebridades que se reúnem para debater o estado do mundo. O Fórum Económico Mundial, organizador do encontro, escolheu o mote "Cooperação num mundo fragmentado", numa alusão à necessidade de alinhar esforços para acabar com a guerra na Ucrânia e para mitigar os seus efeitos, na esperança de evitar uma recessão que enviaria o mundo para uma boa década de baixo crescimento.

Rosália Amorim

Sinais de ventos favoráveis?

Cooperação num Mundo Fragmentado é o tema dominante este ano no Fórum Económico Mundial, em Davos, Suíça, que decorre até dia 20 de janeiro. Se no centro dos debates estão assuntos como a nova globalização, a crise geopolítica, a recessão ou as alterações climáticas, para Portugal esteve, sobretudo, em destaque a sessão em que Mário Centeno, governador do banco central, participou. No gelo da Suíça, Centeno aqueceu a audiência ao afirmar estar confiante de que a Zona Euro não vai entrar em recessão técnica. Reforçou a ideia ao referir que o facto de o crescimento ter resistido no quarto trimestre de 2022 irá ser positivo no primeiro trimestre de 2023.