Despenalização da morte medicamente assistida

Joana Amaral Dias

A morte é minha?

Dizem que a eutanásia está em discussão há dez anos e que por isso já chega. Há que avançar. Acontece que hoje muitos têm mais dúvidas do que há uma década. Para a maioria, tudo isto começou por ser algo evidente: alguém em dor excruciante e irreversível (por exemplo, uma doença oncológica terminal) deveria ter o direito de escolher morrer de forma segura e com dignidade. Enfim, o golpe de misericórdia . Só que não. Como o debate internacional e a prática legal global têm demonstrado, a questão não é tão benigna, nem tão lisa quanto parece.