Presidente da Câmara de Lisboa lamenta "crime hediondo" no Centro Ismaili
Carlos Moedas dirigiu os seus sentimentos às famílias e à comunidade muçulmana. O agressor foi transportado ao Hospital de São José (Lisboa), onde está a ser tratado aos ferimentos provocados pela intervenção da PSP.
O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, lamentou esta terça-feira o "crime hediondo" que ocorreu esta manhã no Centro Ismaili, que provocou dois mortos, salientando a importância desta comunidade para a cidade.
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"Foi com grande tristeza que recebemos a notícia do crime hediondo no seio da comunidade ismaelita lisboeta. Os meus sentimentos às famílias e a esta nossa comunidade tão importante para a cidade", escreveu Carlos Moedas, na rede social Twitter.
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Segundo indicou a PSP em comunicado, o ataque ocorrido pelas 11:00 no Centro Ismaili, na Avenida Lusíada, foi realizado por "um homem armado com uma faca de grandes dimensões", que foi detido pela polícia e conduzido ao hospital por ter ficado ferido.
Numa publicação na rede social Facebook, a Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica, onde se localiza o Centro Ismaili, manifestou também solidariedade com as vítimas e familiares do "vil ataque" ocorrido esta manhã.
"Repudiamos todo e qualquer ato de violência. A paz é o único trilho por onde devemos caminhar. As nossas orações estão com a comunidade ismaili", lê-se no 'post'.
De acordo com um comunicado da direção nacional da PSP, o ataque "com arma branca" no centro ismaelita foi comunicado à polícia às 10:57, tendo os primeiros agentes que responderam à ocorrência chegado ao local um minuto depois.
"Os polícias depararam-se com um homem armado com uma faca de grandes dimensões. Foram dadas ordens ao atacante para que cessasse o ataque, ao que o mesmo desobedeceu, avançando na direção dos polícias, com a faca na mão", revelou a PSP, acrescentando que, face a esta "ameaça grave", os agentes dispararam contra o atacante, "atingindo e neutralizando o agressor".
Fonte policial adiantou, entretanto, à Lusa que as duas vítimas são mulheres e, pelo menos, uma era funcionária do Centro Ismaili.
Segundo outra fonte policial, uma das mulheres estava "na casa dos 20 anos" e a outra na dos 40 anos.