PJ detém suspeito de branqueamento de capitais em mais de 20 milhões de euros
Detido é suspeito de ser o responsável por uma organização criminosa. Foram ainda constituídos oito arguidos
A Polícia Judiciária (PJ), através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC), deteve esta quinta-feira uma pessoa e constituiu oito arguidos por suspeitas da prática dos crimes de branqueamento, associação criminosa e fraude fiscal, em processo-crime a correr termos no DIAP de Cascais, após 22 buscas domiciliárias e não domiciliárias na zona da Grande Lisboa.
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"O detido, com 57 anos de idade, é suspeito de ser o responsável por esta organização criminosa em território nacional", refere a PJ em comunicado.
Segundo aquela polícia, "o modus operandi da organização assentava na constituição de empresas de fachada, na Bélgica e em Portugal, constituídas com recurso aos comumente designados testas-de-ferro e à subsequente abertura de contas bancárias".
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"As empresas constituídas, maioritariamente associadas à área da construção civil, não desenvolviam qualquer atividade real, sendo exclusivamente utilizadas para a emissão de faturação falsa, que sustentaria as transferências bancárias recebidas, as quais ascenderam a um valor superior a 20 milhões de euros. Os montantes recebidos em Portugal eram subsequentemente reenviados para empresas sediadas na Bélgica, quer através de novas transferências bancárias, quer através de levantamentos em numerário, em ATM"s sediadas nesse país", pode ler-se na nota.
O detido será esta sexta-feira presente a primeiro interrogatório.