Novas teorias desvendam origem dos "círculos de fada" no deserto da Namíbia

Cientistas apresentam novas teorias sobre como se formam os padrões circulares no meio do deserto da Namíbia

Cientistas descobriram porque aparecem círculos no meio da vegetação no deserto da Namíbia. Os chamados "círculos de fada" podem medir entre dois e 25 metros de largura e têm intrigado a comunidade científica há muito tempo.

Nos mitos locais, estes círculos repetitivos são as pegadas dos deuses ou pedaços de terra amaldiçoados pela respiração de um dragão, segundo o Guardian. Estas lendas foram desafiadas pelos cientistas da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, que publicaram duas teorias para a origem dos "círculos de fada" num artigo na revista Nature.

Uma das hipóteses é a de que os padrões circulares são produto do crescimento natural destas plantas, que colaboram com as espécies mais próximas e competem com as que estão mais longe, criando uma dispersão com estas formas.

A outra teoria, é de que os círculos na areia são criados por térmitas que vivem no subsolo e comem as raízes das plantas.

"As térmitas criam os seus próprios ninhos. Se encontram uma colónia menor, matam-na e expandem o seu território. Mas se encontram uma colónia do mesmo tamanho não o podem fazer e acabam por criar uma barreira onde há um conflito permanente mas não uma guerra", explicou a investigadora Corina Tarnita. As fronteiras dos ninhos serão os próprios limites dos círculos.

Para chegar a estas conclusões, os cientistas criaram modelos virtuais onde fizeram simulações do impacto das colónias de térmitas no solo.

Tarnita admite ainda que é possível que ambas as teorias estejam corretas e se complementem e afirma que um fenómeno deste género não pode ser explicado por um fator isolado, segundo o Huffington Post.

"As hipóteses sobre como se origina uma paisagem com formações regulares apresentam-se habitualmente como alternativas que se excluem", lamentou Tarnita. "Isso leva a grandes e estridentes debates".

Os círculos de fada ocorrem em vários locais do mundo mas o mais emblemático é o deserto da Namíbia, onde se propagam por vários quilómetros.

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