Johnson obrigada a pagar 72 milhões em caso que liga pó de talco a cancro
Esta é a primeira vez que um tribunal atribui uma indemnização num caso destes, mas há mais de mil casos relativos a pó de talco pendentes nos tribunais norte-americanos
Um tribunal norte-americano condenou a Johnson & Johnson a pagar 72 milhões de dólares (65 milhões de euros) de indemnização à família de uma mulher que morreu de cancro do ovário. Segundo a queixa da família, o cancro esteve ligado à utilização do pó de talco da companhia durante várias décadas.
Jacqueline Fox morreu no ano passado, aos 62 anos. A sua família argumentou que a empresa sabia dos riscos do pó de talco e não avisou os consumidores. No veredicto anunciado na segunda-feira à noite, os jurados do tribunal de St. Louis atribuíram à família de Fox um indemnização de 72 milhões, segundo os advogados e os registos do tribunal.
A empresa nega as acusações e está a considerar recorrer. "Estamos solidários com a família, mas acreditamos firmemente que a segurança do pó de talco cosmético é provada por décadas de evidência científica".
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Esta é a primeira vez que um júri atribui uma indemnização num caso destes, mas há mais de mil casos relativos a pó de talco pendentes nos tribunais norte-americanos.
Segundo a Cancer Research UK, citada pela BBC, a ligação entre o uso de talco e o cancro do ovário ainda não está provada. "Mesmo que exista um risco é provavelmente pequeno", disse a associação.