Fogo que deflagrou em Oliveira de Azeméis já consumiu mais de 2.500 hectares
O autarca, António Loureiro, adiantou que esta manhã o incêndio "já não tem nenhuma frente ativa", mas têm surgido vários reacendimentos num perímetro "muito significativo" que atinge três municípios.
O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Oliveira de Azeméis, no distrito de Aveiro, e alastrou a Albergaria-a-Velha e Estarreja, consumiu já uma área superior a 2.500 hectares e atingiu duas fábricas e uma casa devoluta.
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Em declarações à Lusa, o presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha, António Loureiro, disse esta quinta-feira que o incêndio queimou uma área superior a 2.500 hectares e destruiu uma "pequena serralharia familiar", uma empresa de 'pellets', bem como o respetivo 'stock', e uma casa devoluta.
O autarca adiantou que esta manhã o incêndio "já não tem nenhuma frente ativa", mas têm surgido vários reacendimentos num perímetro "muito significativo" que atinge três municípios.
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"Vai ser um trabalho longo que vamos ter durante os próximos dois dias, porque, com estas temperaturas e os ventos, vão surgir vários reacendimentos e por isso é uma operação de desgaste para os bombeiros, porque estamos sempre a mudar o posicionamento dos bombeiros em função dos vários reacendimentos que vamos tendo", disse Loureiro.
O presidente da Câmara de Albergaria-a-Velha disse ainda que atualmente não há habitações em risco, mas apelou às populações para estarem atentas aos reacendimentos que vão surgir ao longo das próximas horas.
O incêndio deflagrou na quarta-feira à tarde, pelas 12:54, no lugar da Senhora da Ribeira, na freguesia de Pinheiro da Bemposta, em Oliveira de Azeméis, e a instabilidade do vento fez com que as chamas chegassem a Albergaria-a-Velha e Estarreja.
As autoestradas A1, A29, A25 e o Itinerário Complementar 2 (IC2) chegaram a estar cortadas devido ao incêndio. Pouco depois das 00:00, a circulação foi reposta na A25 e o no IC2 e cerca das 05:30 foi reaberta a A29 e a A1.
De acordo com a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 10:00, o fogo, que lavra numa zona de povoamento florestal, estava a ser combatido por 446 operacionais, apoiados por 144 viaturas e cinco meios aéreos.
Portugal continental está em situação de contingência até domingo.
A situação de contingência corresponde ao segundo nível de resposta previsto na lei da Proteção Civil e é declarada quando, face à ocorrência ou iminência de acidente grave ou catástrofe, é reconhecida a necessidade de adotar medidas preventivas e ou especiais de reação não mobilizáveis no âmbito municipal.