Partidos condenam ataque "hediondo" no Centro Ismaelita
O presidente do PSD utilizou a rede social Twitter para se manifestar face ao atentado no Centro Ismaelita. Catarina Martins, coordenadora do BE, também reagiu ao ataque desta manhã.
Luís Montenegro reagiu ao ataque da manhã desta terça-feira, através da rede social Twitter, mostrando solidariedade e pesar às famílias das vítimas.
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O presidente do PSD também destacou a "rápida e eficaz" intervenção da PSP no que considera um "crime hediondo que a justiça deve punir exemplarmente".
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O líder social-democrata pediu que seja feito "um apuramento cabal" e "muito rápido" do que se passou esta terça-feira no Centro Ismaili, de modo a afastar ligações deste crime a outro tipo de criminalidade violenta e de atividade terrorista.
Em declarações à RTP, em Genebra, na Suíça, onde cumpre o último dia de um périplo de quase uma semana pelas comunidades portuguesas em vários países europeus, Luís Montenegro reiterou, como tinha feito ao final da manhã no Twitter, o seu pesar para com as famílias das vítimas e uma palavra de apreço pela prestação da PSP, que "teve uma atuação muito imediata", mas deixou um outro apelo.
"Espero que as autoridades possam ser muito rápidas no apuramento cabal de todos os contornos desta situação, de modo a podermos tranquilizar o povo português no que diz respeito à nossa segurança e a afastar eventuais cenários de uma criminalidade mais violenta e que possa ter algum contacto com qualquer atividade terrorista ou alguma rede terrorista", afirmou.
Montenegro disse desejar sinceramente que não haja esse tipo de ligações com este crime, que classificou de "hediondo e indesculpável", e assegurou não dispor de mais elementos.
"Desejo que esta investigação possa ser muito, muito rápida, temos de colocar todos os meios disponíveis para que isso possa acontecer e, finalmente, haver uma punição exemplar desta ação criminosa, hedionda e indesculpável", disse.
Questionado pelo jornalista da RTP sobre o que pode ter falhado neste caso, o presidente do PSD disse não querer "contribuir para criar qualquer pânico social", mas recusou também desvalorizar o episódio desta terça-feira.
"Desejo que se faça um apuramento muito, muito rápido e cabal destes acontecimentos e que se possam tomar também medidas para diminuir a criminalidade violenta que, infelizmente, tem vindo a aumentar em centros urbanos como Lisboa. Não estou a dizer que as coisas estejam ligadas", ressalvou.
O presidente do PSD salientou que "se há coisa que contribui para a insegurança dos cidadãos é o próprio sentimento de insegurança", que episódios como o desta terça-feira ou de criminalidade violenta podem exacerbar e que, por isso, "devem ser evitados a todo o custo".
Catarina Martins condena duplo assassinato e envia condolências à comunidade ismaelita
A coordenadora do BE, Catarina Martins, condenou "o duplo assassinato no Centro Ismaelita de Lisboa" desta terça-feira, que tem "um trabalho imprescindível no acolhimento a refugiados", enviando condolências às famílias e a toda a comunidade ismaelita.
"Ainda perplexos com a notícia, condenamos veementemente o duplo assassinato ocorrido hoje no Centro Ismaelita de Lisboa, que desenvolve um trabalho imprescindível no acolhimento a refugiados", referiu Catarina Martins numa publicação na rede social Twitter.
A coordenadora do BE enviou "as sentidas condolências à família das vítimas e a toda a comunidade ismaelita".
Duas pessoas morreram na manhã desta terça-feira no Centro Ismaelita em Lisboa após um ataque com uma arma branca, disse à Lusa fonte policial.
A mesma fonte oficial da PSP disse que um suspeito foi detido e que a situação está atualmente controlada.
Líder da IL manifesta "profunda tristeza" com "ato chocante" no Centro Ismaili
O presidente do partido Iniciativa Liberal (IL), Rui Rocha, manifestou "profunda tristeza" com o ataque no Centro Ismaili em Lisboa, que provocou duas mortes, qualificando-o como um "ato chocante que merece uma profunda condenação".
"Foi com profunda tristeza que soube do ataque fatal ocorrido esta terça-feira em Lisboa, um ato chocante que merece uma profunda condenação. Aos familiares e amigos das vítimas presto as minhas condolências", lê-se numa mensagem divulgada por Rui Rocha na rede social Twitter.
PAN fala em "ato isolado" no centro Ismaili mas lembra importância de "sociedade tolerante"
A porta-voz do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) referiu que o ataque no Centro Ismaili em Lisboa parece ser "um ato isolado", mas salientou a importância de uma "sociedade tolerante, de respeito pelo próximo".
Numa mensagem em vídeo enviada à imprensa, Inês Sousa Real começou por expressar solidariedade às famílias das duas vítimas mortais deste ataque ocorrido esta terça-feira em Lisboa, "bem como à comunidade ismaelita".
A deputada única realçou que não se sabe ainda quais "as motivações que estiveram por detrás deste ataque" e que, "ao que tudo indica, terá sido um ato isolado".
Para a líder do PAN é "fundamental deixar que a investigação corra o seu rumo e que sejam as autoridades competentes a pronunciarem-se sobre o mesmo nesta dimensão".
"No entanto, em qualquer ato criminoso, está sempre presente uma intolerância que não devemos aceitar e que repudiamos, pelo que nunca é demais relembrar a importância de sermos uma sociedade tolerante, de respeito pelo próximo, independentemente das diferenças que possamos ter, quer do ponto de vista cultural, religioso, social, entre outras dimensões da nossa vivência em sociedade", conclui na mensagem.
Chega saúda atuação da polícia no Centro Ismaili de Lisboa
O presidente do Chega saudou a atuação da polícia na sequência do ataque no Centro Ismaili de Lisboa que provocou dois mortos e defendeu que é necessário prudência por ainda não serem conhecidas as motivações do suspeito.
"Acho que era importante saudar o esforço que a polícia fez e a atuação que a polícia teve que, aparentemente, e segundo a informação que temos, foi rápida, foi eficaz, conseguiu neutralizar o perigo", afirmou.
Numa primeira reação ao ataque, feita na sede nacional do Chega, em Lisboa, André Ventura defendeu que situações como esta exigem prudência nas reações "até perceber que tipo de crime é que está em causa e, sobretudo, tendo em conta que, sendo praticado no contexto em que é, pode indiciar" um "crime com motivações terroristas".
"Sabemos que é um crime de enorme gravidade, para já, vamos ver se tem alguma que ver com terrorismo ou com alguma espécie de ligação religiosa ou política", apontou.
Indicando que o suspeito do ataque "se trata de um refugiado afegão", Ventura considerou que "é preciso perceber quem era, que ligações tinha, que motivações tinha".
"Para percebermos se isto resulta de alguma falha que terá havido no controlo, se resulta de alguma radicalização ou se resulta de um outro cenário criminoso mas que nada tenha que ver com este contexto", acrescentou.
O líder do Chega defendeu que, "se for terrorismo, é extremamente preocupante e é sinal" de que é necessário "implementar rapidamente outros mecanismos de controlo" da entrada de estrangeiros em Portugal.
André Ventura indicou, no entanto, que "não é habitual que ocorra" uma situação destas e também "não é habitual o lugar onde ocorreu", referindo que "às vezes as coisas têm outra explicação".
"E, portanto, acho que cabe aos responsáveis políticos ter alguma prudência, uma vez que o ser terrorismo ou não ser faz toda a diferença em termos até de tranquilidade social, de paz social e de ordem pública", salientou.
O presidente do Chega indicou também que está a tentar "recolher mais informação" sobre o que aconteceu e remeteu uma "reação mais detalhada e mais aprofundada" para mais tarde.