Câmara de Loures vai reabilitar rio Trancão
Reabilitação deverá estar concluída até 2020 e vai custar 364 mil euros
A Câmara Municipal de Loures anunciou hoje que pretende reabilitar o troço do rio Trancão na freguesia de Bucelas até 2020, uma intervenção que decorrerá numa extensão de 10 quilómetros e que está orçada em 364 mil euros.
A intervenção, que terá o apoio de fundos comunitários e de verbas da autarquia, insere-se no projeto municipal Valor Rio, que visa reabilitar e valorizar os rios do concelho de Loures.
Em declarações à agência Lusa, o vereador com o pelouro do Ambiente, Tiago Matias, explicou que o troço do rio Trancão na freguesia de Bucelas, que se estende até ao limite da fronteira com o município de Mafra, será o primeiro a ser reabilitado, uma vez que já foi anteriormente alvo de ações de limpeza.
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"Iniciámos há cerca de dois anos neste troço um trabalho de limpeza e temos já quase metade (cerca de quatro quilómetros) intervencionado. Estimamos que nos próximos três anos tenhamos o restante reabilitado", perspetivou o autarca.
Tiago Matias explicou que a intervenção, além de prevenir cheias, visa "criar novos caminhos de acesso a campos agrícolas existentes ao longo do rio - favorecendo a fruição do espaço ribeirinho pela população", com a construção de percursos pedestres e cicláveis - e ainda "valorizar a paisagem e a biodiversidade existente nos cursos de água".
O autarca referiu que a intervenção será uma espécie de "ensaio" para a elaboração de um plano estratégico que servirá de ferramenta para futuras intervenções em linhas de água do concelho, que a autarquia prevê que estejam concluídas num espaço de 10 anos.
O projeto Valor Rio terá o apoio da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, que irá ajudar a monitorizar a qualidade da água, e ainda de uma empresa especializada em projetos de reabilitação.
Em declarações à Lusa, o responsável pelo projeto, Pedro Teiga, realçou a importância de se sensibilizar e envolver os proprietários dos terrenos e toda a população neste processo.
"É necessária uma mudança de mentalidades. São processos que devem ter continuidade temporal e é preciso garantir que não são abandonados a meio. As pessoas têm de perceber que vão perder território e terreno, mas que isso lhes trará benefícios no futuro", sublinhou.
A Câmara Municipal de Loures irá realizar sessões públicas para apresentar a iniciativa à população.