18 outubro 2015 às 00h04

Brasil quer deixar de ser o campeão das cesarianas

Menos de metade nasce de parto normal.Autoridades querem travar "epidemia"

João Almeida Moreira, São Paulo

Sandra, 32 anos, natural de Fortaleza, estava grávida e queria ter o filho de parto normal. Foi a 16 médicos durante a gravidez e todos se recusaram a acompanhá-la, caso não optasse por uma cesariana. Ela insistiu durante a gravidez e acabou por ter o filho de parto normal, com um médico de urgência, num hospital público. O caso de Sandra é raro. Como a maioria das mulheres brasileiras não é tão persistente, acaba por ceder aos - supostos - benefícios das cesarianas.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que em apenas 10 a 15% dos partos se recorra a cesarianas. A média mundial, segundo um estudo da entidade, ronda os 32%, a fatia onde está incluído Portugal. O Brasil, por sua vez, está na fim do ranking com 56% de bebés nascidos com recurso a cirurgia. E se nos restringirmos aos números das clínicas privadas, apenas 11% nasce de parto normal.

Porque há tantas cesarianas no mundo? E porque é o gigante sul-americano o que mais utiliza o procedimento? Está a fazer alguma coisa para corrigir a situação?

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