Sociedade
23 abril 2021 às 12h04

Uma morte e 506 casos em 24 horas. Há quase sete meses que não havia tão poucos internados em UCI

Índice de transmissibilidade R(t) mantém-se e incidência desce, indica o boletim epidemiológico da DGS. Há menos de 100 doentes internados nas unidades de cuidados intensivos.

DN

Portugal registou, nas últimas 24 horas, 506 novos casos de covid-19, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). O relatório desta sexta-feira (23 de abril) dá conta de mais uma morte devido à infeção pelo novo coronavírus.

O número de internados voltou a descer. Há agora 384 pessoas hospitalizadas, o que representa menos 11 pessoas face ao reportado na quinta-feira. Nas Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) estão 98 doentes (menos seis).

Os dados indicam que o número de internados em UCI regressa a valores registados no final de setembro, sendo que desta vez há menos pessoas hospitalizadas.

Desde 28 de setembro, há quase sete meses, que não havia tão poucos internados em UCI. Nesse dia também foram reportados 98 doentes em cuidados intensivos.

A atualização dos dados dá conta que o índice de transmissibilidade, o chamado R(t), mantém-se nos 0,98 a nível nacional e 0,99 no continente.

a incidência do vírus a 14 dias desce ligeiramente para 72,1 casos por 100 mil habitantes em todo o território nacional e 68,3 infetados por 100 mil habitantes se só tivermos em conta o continente.

Estes dois indicadores, o índice de transmissibilidade e a incidência, fazem parte da matriz de risco, que serve de base ao Governo para a tomada de decisões sobre as fases do plano de desconfinamento.

O relatório diário da DGS dá conta que a morte por covid-19, registada nas últimas 24 horas, ocorreu no Norte, região que tem o maior número de novos casos (247). Segue-se Lisboa e Vale do Tejo com mais 126 notificações e o Centro com 69 novos casos.

Verificam-se mais 33 diagnósticos da doença no Algarve, sete no Alentejo, 15 nos Açores e nove na Madeira.

No total, desde o início da pandemia (em março de 2020), Portugal confirmou 833 397 casos de infeção por SARS-CoV-2, 16 957 óbitos e 791 751 recuperados, dos quais 580 foram reportados nas últimas 24 horas.

Há agora menos 75 casos ativos da doença, num total de 24 689, indica a DGS.

A partir de hoje, as pessoas com mais de 65 anos já podem agendar a toma da vacina contra a infeção pelo SARS-CoV-2 através do Portal do Auto Agendamento para Vacinação contra a covid-19, em funcionamento desde esta sexta-feira.

Neste Portal da Covid-19 (covid-19.minsaude.pt/pedido-de-agendamento), os cidadãos com mais de 65 anos, que vão começar agora a ser vacinadas "independentemente de qualquer doença", podem selecionar a data e o ponto de vacinação que lhes for "mais conveniente", indica o Ministério da Saúde.

O sistema apresenta depois a primeira data disponível, "podendo os utentes aceitá-la ou escolher outra mais conveniente". Caso não haja vagas disponíveis, os cidadãos podem ainda "optar por ficar em lista de espera naquele ponto de vacinação ou escolher uma data, noutro ponto de vacinação".

Depois de fazer a inscrição, o utente irá depois receber um SMS que confirmará a data, a hora e o ponto de vacinação. "O envio da SMS referida está dependente de o utente não ter sido ainda convocado para vacinação ou não ter contraído covid-19 (enquanto estes pressupostos se mantiverem)", explica o Ministério da Saúde.

E no dia em que começou em Portugal o auto agendamento dos que têm mais de 65 anos, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, manifestou-se confiante de que "até julho", mais de dois terços da população europeia terá recebido a vacina contra a covid-19.

A falar em Puurs, na fábrica da Pfizer, assumiu que "houve dificuldades no início, como atrasos e engarrafamentos, na produção", mas agora o processo "volta aos carris".

"Com o esforço enorme da BioNTech/Pfizer e a aceleração das entregas de vacinas, estou agora confiante que teremos doses suficientes para vacinar 70% da população adulta na União Europeia, já em julho", afirmou a presidente, antecipando oficialmente a meta, que esperava atingir em setembro "no final do verão".

Von der Leyen lembrou que Bruxelas vai fechar um contrato com a Pfizer em Puurs, para a produção de vacinas para a União Europeia, repetindo o que tinha já afirmado na semana passada, de que "esse contrato prevê a entrega de 1800 milhões de doses para os anos 2022 até 2023".