Sociedade
28 janeiro 2022 às 15h07

63 833 casos, internados sobem e incidência volta a bater recorde

O boletim diário da Direção-Geral da Saúde indica que Portugal superou os 2,5 milhões de infeções por covid-19 desde o início da pandemia. Foram registadas 44 mortes nas últimas 24 horas. Estão agora internadas 2320 pessoas, das quais 152 em UCI.

DN

Portugal confirmou, nas últimas 24 horas, 63 833 novos casos de covid-19, de acordo com o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS). Com os números desta sexta-feira (28 de janeiro) foi ultrapassada a barreira dos 2,5 milhões de infeções no nosso país, totalizando 2 507 357. Refira-se que só nos últimos nove dias houve 504 188 casos.

A região Norte continua a ser aquela que tem mais novas infeção diárias, somando 27 442 casos, seguindo por Lisboa e Vale do Tejo (18 657), Centro (10 608), Algarve (2514), Alentejo (2115), Açores (1418) e Madeira (1079).

Há ainda a registar mais 44 mortes associadas à infeção por SARS-CoV-2, indica o relatório, sendo que a maior parte dos óbitos foi registado em Lisboa e Vale do Tejo (17), Norte (16), Centro (5), Alentejo (3), ALgarve (2) e Açores (1).

Há agora 2320 pessoas internadas devido à doença (mais 71 que no dia anterior), das quais 152 estão em unidades de cuidados intensivos (mais cinco). Após dois dias em que diminuíram os doentes nos hospitais, voltou agora a registar-se uma subida.

A atualização da taxa de incidência volta a registar um novo máximo com 6130,9 casos de infeção por 100 mil habitantes, quando na quarta-feira era de 5728,4 em todo o território. Este aumento é comum na análise feita no continente que é agora de 6108,7 (era de 5683,5).

O R(t) desceu, sendo agora de 1,16 (era de 1,17 na quarta-feira) no território nacional. Na análise feita apenas ao continente está agora em 1,17 (era 1,18).

Em 24 horas foram, no entanto, notificados 42 548 casos de recuperação.

Ao dia de hoje, Portugal soma 579 370 casos ativos de covid-19, refere ainda o relatório da autoridade nacional de saúde.

Cerca de 40% dos doentes internados nos hospitais na última semana em camas covid-19 deram positivo para o SARS-CoV-2, mas ficaram no hospital por outros motivos, segundo os dados recolhidos pelo Ministério da Saúde.

Um levantamento feito na última semana pelo Ministério da Saúde, em articulação com a Direção-Geral da Saúde (DGS) e as administrações regionais de saúde, indica que entre 55% e 60% dos casos reportados pelos hospitais "dizem respeito a doentes cuja admissão a internamento ocorreu devido à covid-19".

Numa resposta conjunta enviada à Lusa, a tutela e a DGS explicam que este levantamento foi feito junto dos hospitais para perceber a dimensão da coexistência de doentes internados por covid-19 e de doentes internados por outras causas, mas positivos para o SARS-Cov-2.

"Considerada a situação epidemiológica atual de circulação prevalente da variante Ómicron, em que muitos utentes apresentam quadros assintomáticos ou de doença ligeira, admite-se que exista ocupação de camas covid-19 por doentes com outras patologias e cujos internamentos possam ter sido motivados por essas outras circunstâncias, mas que se encontram em camas/alas dedicadas a doentes positivos para SARS-CoV-2", referem.

Isto numa altura em que o autoagendamento da dose de reforço da vacina contra a covid-19 já está disponível para os 18 ou mais anos desde desta quinta-feira, no portal de marcações online da DGS.

"É já possível efetuar o pedido de agendamento online para a dose de reforço da vacina contra a covid-19 para utentes com idade igual ou superior a 18 anos, que tenham completado o esquema primário há cinco meses e não tenham tido infeção há menos de cinco meses", adiantaram os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) em comunicado.

Segundo a mesma fonte, para os adultos que receberam a vacina da Janssen há pelo menos três meses, além do autoagendamento disponível no portal covid-19, está agora disponível a modalidade de "casa aberta".

"Assim, quem foi vacinado com a Janssen pode dirigir-se ao centro de vacinação que lhe for mais conveniente, sem qualquer contacto ou agendamento prévio", avançam os SPMS.

O portal permite também marcações de pessoas com 50 ou mais anos para dose de reforço contra a covid-19 e vacina contra a gripe.