Sociedade
26 julho 2021 às 12h36

Internamentos sobem em dia com 1610 novos casos e nove mortes

Portugal contabiliza agora um total de 954 669 casos e 17 301 óbitos desde o início da pandemia. Incidência aumenta ligeiramente, mas R(t) continua a baixar.

DN

Portugal registou mais 1610 casos e nove mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, indica o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Há agora 53 996 casos ativos de infeção por SARS-CoV-2, menos 201 do que na véspera.

O país contabiliza agora um total de 954 669 casos e 17 301 óbitos desde o início da pandemia.

O número de internados continua a subir. São agora mais 40 do que no dia anterior, totalizando 919. Destes, 198 estão em unidades de cuidados intensivos, mais cinco do que na véspera.

O boletim da DGS aponta também que há mais 1802 recuperados da doença, num total de 883 372.

A região Norte foi a que contabilizou mais mortes (cinco) e novos casos (688) nas últimas 24 horas. Lisboa e Vale do Tejo registou 519 novos casos e mais três óbitos em relação à véspera.

A outra morte foi contabilizada nos Açores, que registo mais 58 casos. Em relação às outras regiões, o Algarve contabilizou mais 177 casos, o Centro mais 74, o Alentejo mais 51 e a Madeira mais 43.

A taxa de incidência é agora de 427,5 casos de infeção por covid-19 por 100 mil habitantes a nível nacional e de 439,3 casos no continente. Ou seja, houve um ligeiro aumento pois na última atualização na sexta-feira era de antes era de 418,3.

O R(t) tanto a nível nacional como no continente desceu para 1,04 a nível nacional, depois de na última atualização ter descido de 1,09 para 1,07. O valor continental, que também desceu de 1,09 para 1,07, está agora em 1,04.

Luís Marques Mendes no seu comentário semanal na SIC indicou que a próxima reunião do Infarmed vai trazer novidades sobre o funcionamento espaços de restauração e novas regras para o setor dos espetáculos.

Segundo o também conselheiro de Estado as restrições de horários existentes deverão sofrer alterações.

De acordo com Marques Mendes podem também acabar as restrições "em função da incidência, concelho a concelho".

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A reunião do Infarmed está prevista para o dia 27 de julho e dessa reunião espera-se novidade sobre novas regras tendo em conta a situação pandémica em Portugal.

O comentador disse ainda acreditar que a vacinação das crianças será mais difícil de tomar. " A maioria dos especialistas não quer a vacinação generalizada das crianças entre os 12 e os 15 anos", disse Marques Mendes.

Com as encomendas a chegar e as exportações a crescer, os industriais debatem-se agora com o problema do absentismo, que chega a pôr em causa o cumprimento dos prazos de entrega, obrigando ao pagamento de penalizações aos clientes. A queixa não é nova, mas ganha novo relevo face ao avanço da vacinação em Portugal. "Como é que se continua a mandar para isolamento profilático pessoas que já têm as duas doses da vacina tomadas há mais de duas semanas? Como é que uma empresa se consegue organizar para cumprir com as encomendas quando tem 20% dos seus trabalhadores em falta? Isto é um absurdo e está a criar graves dificuldades às empresas", lamenta o presidente da Anivec, Associação Nacional das Indústrias de Vestuário e Confecção, César Araújo.

A situação parece ser transversal aos vários setores industriais e tem vindo a ganhar preponderância à medida que os números da pandemia têm subido nas últimas semanas. "Com o crescimento no número de casos aqui na zona, designadamente nos concelhos de Santo Tirso, Barcelos, Famalicão e Guimarães, aumentaram as queixas das empresas, porque, além dos trabalhadores infetados, a DGS manda para casa, para isolamento profilático, todos os que trabalham próximos, mesmo quando se trata de pessoas com a vacinação completa. Já nos aconteceu isso aqui na empresa, e a verdade é que até já passei por alguns deles na rua, apesar da ordem de isolamento", lamenta o presidente da Associação de Têxteis e Vestuário de Portugal (ATP).

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Mário Jorge Machado considera a medida "desprovida de qualquer sentido" e advoga o reforço da testagem para esses casos, mas mantendo os trabalhadores no ativo. "Claro que atrapalha muito o negócio. A situação já não está fácil, e agora, com mais esta variável em cima, a coisa complica-se. Que os casos positivos fiquem em casa parece-me óbvio; quanto aos restantes, obrigue-se à realização de testes rápidos diários. Mandá-los para casa não é a solução", defende. A ATP não tem dados concretos sobre o nível de absentismo, mas admite que os 20% referenciados por César Araújo estejam em linha com a realidade. "Acredito que seja dessa ordem de grandeza, sim, atendendo ao número de queixas que nos têm chegado", diz.

O parlamento francês aprovou, no domingo à noite, o passe sanitário covid-19, que atesta a vacinação, a testagem negativa ou a recuperação da doença, e será exibido na maioria dos locais públicos a partir de agosto.

A medida foi aprovada pela Assembleia Nacional francesa por 156 votos a favor, 60 contra e 14 abstenções, no final de uma maratona parlamentar iniciada na terça-feira e várias manifestações de opositores.

Após uma primeira mobilização geral a 17 de julho, dezenas de manifestações contra restrições sanitárias realizaram-se novamente lugar no sábado.

O Senado francês aprovou, na madrugada de domingo, o passe sanitário, mas com modificações, como a isenção para menores e em esplanadas de bares e restaurantes, bem como em centros comerciais por causa do acesso a supermercados.

Os senadores decidiram também que a utilização do passe sanitário será limitada até ao fim do estado de urgência sanitário, previsto até 31 de outubro.

Os senadores querem ainda que os jovens de 16 e 17 anos não precisem da autorização dos pais para se vacinarem. Também as medidas de isolamento obrigatório para os infetados foram aligeiradas.

O passe sanitário, que tem ainda de passar pelo Conselho Constitucional, deverá ser implementado no início de agosto.

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